Dr. Luiz Flávio
Atualmente existe uma tendência de as mulheres preferirem ter seus filhos por meio de um parto cesariana. No Brasil, cerca de 56% dos nascimentos são por essa via. Esse tipo de parto é mais rápido do que o parto normal, no qual é necessário passar por todo o processo do trabalho de parto, o que pode levar cerca de 12 horas.
Além disso, em algumas condições, como quando o feto está sentado (posição pélvica), mães soropositivas para HIV e outras que apresentem risco para mãe ou bebê, o parto cesariana é o mais indicado. O parto normal, no entanto, apesar de ser um processo mais longo e causar receio para algumas mulheres por conta da dor, é excelente opção em casos de gestações que não apresentem risco ou outros fatores com indicação de cesárea.
Existe outra tendência atual que é a do parto humanizado, que busca o mínimo possível de intervenções.
Neste artigo vamos explicar como é feito o parto cesariana e esclarecer alguns mitos e verdades sobre o assunto. Confira abaixo.
O parto cesariana consiste em um procedimento cirúrgico para retirar o bebê do útero da mãe. Quando, por algum risco pré-existente, a decisão sobre fazer uma cesariana é tomada com antecedência, a mulher deve se preparar para o procedimento, com oito horas sem se alimentar e quatro horas sem beber água.
A gestante então é encaminhada para a sala da cirurgia, onde é anestesiada. A anestesia utilizada no parto cesariana mantém a paciente acordada durante todo o processo, apenas sem sentir nada abaixo do peito. Depois de anestesiada, a paciente passará por uma limpeza nas regiões abdominal e genital, para então ser iniciado o procedimento propriamente dito.
Em seguida, é feita uma incisão no abdome, cortando sete camadas de tecido até chegar ao útero, para permitir a retirada do feto. Logo que sai do útero, o bebê é avaliado pelo pediatra e, e tudo estiver bem, é apresentado à mãe. A última fase do procedimento é a retirada da placenta e o fechamento da incisão. A cesárea é um procedimento rápido, que dura cerca de uma hora.
O parto cesariana é indicado em alguns casos em que o parto normal apresentaria risco para a gestante ou para o bebê. Via de parto utilizada por mais da metade das gestantes do país, a cesárea é também alvo de alguns mitos sobre o procedimento e tudo o que envolve. Confira abaixo cinco mitos e verdades sobre o tema.
Verdade. Durante o parto cesariana, a paciente está anestesiada e, portanto, não sente dor. É possível que a mulher sinta certa movimentação enquanto os médicos fazem o procedimento, mas dor, não. No entanto, ao passar o efeito da anestesia, as dores podem começar, e a recuperação em geral é mais demorada e mais dolorosa do que a de um parto normal.
Mito. Como qualquer cirurgia, o parto cesariana traz riscos, como hemorragias e infecções pós-operatórias. Se não houver condições que justifiquem a indicação de cesárea, como a apresentação pélvica do feto, o parto normal é o que oferece menos riscos de complicações para a mãe.
Verdade. Para que o bebê nasça de parto normal, a mulher pode passar por cerca de 12 horas de trabalho de parto. Já a cesárea é uma cirurgia e, portanto, não é necessário aguardar todo esse processo. O procedimento como um todo costuma levar cerca de uma hora.
Mito. A anestesia utilizada no parto cesariana em geral é a raquianestesia, que faz com que a paciente não sinta dores abaixo do peito. No entanto, a gestante permanece acordada durante todo o tempo.
Verdade. O tempo das dores e desconforto sentidos no pós-operatório de uma cesariana varia de uma mulher para outra, mas em geral é mais longa do que o de um parto normal.
A dor da cicatriz, além de ser incômoda, pode limitar a mãe na amamentação e nos cuidados com o bebê, sendo que o ideal é que ela tenha assistência de uma pessoa da família ou cuidador profissional para auxiliar nos primeiros momentos.
Seja o seu parto cesariana ou normal, ter a assistência adequada desde o pré-natal até o puerpério é fundamental. Toque aqui para saber mais.