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Assistência ao parto e puerpério

por Dr. Luíz Flávio Cordeiro

Assistência ao parto e puerpério

O parto em ambiente hospitalar segue uma série de protocolos e utiliza diversas tecnologias para oferecer à mulher e a seu bebê um ambiente mais seguro. A obstetrícia, atualmente, é uma especialidade médica fundamental para todo o período do pré-natal, parto e puerpério, o que reduziu significativamente os problemas decorrentes do amadorismo anterior a esse período.

O parto, por muito tempo, foi compreendido como uma experiência privada, íntima. Por essa razão, os índices de morbimortalidade de mulheres e de recém-nascidos eram altos, gerando diversos desafios sociais.

Com o objetivo de reduzir esses problemas, a esfera pública passou a interferir e a criar condições favoráveis ao parto. Nesse mesmo momento, a obstetrícia ganhou destaque, se tornou uma especialidade médica e passou a propor ações relacionadas à melhoria das condições do nascimento. Com isso, o parto ganhou status de procedimento médico e passou a ser estudado como tal.

Por outro lado, houve um movimento de medicalização do parto, que o considera como “doença”. Isso deu origem a diversos procedimentos que passaram a ser feitos de maneira rotineira sem uma real necessidade e sem considerar outros aspectos, tais como emocionais e culturais.

Assim se deu o processo de institucionalização do parto, tendo início a assistência. Nessa mesma época houve outros avanços na área da medicina, que proporcionaram o surgimento dos programas de pré-natal.

Já o puerpério é o período compreendido entre o parto até a recuperação dos órgãos genitais femininos às condições anteriores à gravidez. Assim sendo, a assistência ao parto e puerpério tem início no pré-natal ou na consulta pré-concepcional e se encerra após a recuperação da mulher.

Preparando a mulher para o parto

A mulher passa por uma preparação de pelo menos nove meses, desde a consulta pré-concepcional até o momento do parto. Durante esse período, ela recebe todas as informações relacionadas e todo o apoio necessário, tanto do ponto de vista científico como humano. Dependendo do caso, a mulher pode apresentar fragilidades e demandar cuidados especiais, que devem ser oferecidos.

A mulher faz uma série de exames para avaliar sua saúde e a do bebê. A conduta é individualizada, uma vez que cada processo gestacional é diferente e requer ações e cuidados especiais.

A preparação da mulher envolve um conjunto de ações e cuidados cujo objetivo é proporcionar à paciente uma vivência humanizada da experiência do parto como protagonista do processo.

Cuidados durante o momento do parto

Atualmente, o trabalho de parto segue os princípios da humanização. As gestantes devem ser respeitadas, ter acesso a todas as informações, inclusive científicas, relacionadas aos diferentes tipos de parto (vaginal ou cesárea) e devem ser consultadas no momento da tomada de decisão. As mulheres são as protagonistas e assim devem ser consideradas.

Os profissionais envolvidos devem dar atenção a todas as necessidades da mulher durante o período que estiver no hospital, sempre perguntando como ela está se sentido ou se está precisando de algo. Também é necessário explicar cada um dos procedimentos que serão realizados e pedir autorização à mulher sempre que forem necessários.

Todas as gestantes devem receber apoio físico e emocional durante o processo. Elas não podem ser deixadas sozinhas por longos períodos de tempo e podem escolher seus acompanhantes.

Além disso, uma série de procedimentos e orientações devem ser feitos para reduzir problemas:

O trabalho de parto varia conforme a modalidade escolhida. Atualmente, as mulheres buscam o parto cesariana, mas essa conduta não é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a não ser em casos que tenham essa indicação.

Cuidados maternos e do bebê após o parto

Depois do nascimento da criança, os cuidados se voltam também para o recém-nascido, mas sem, contudo, negligenciar a mãe.

Todos os cuidados maternos e do bebê também seguem diretrizes específicas para reduzir a morbimortalidade e garantir um ambiente seguro.

O recém-nascido deve ser atendido por um pediatra. Esse cuidado já tem início antes do parto e se estende até o recém-nascido e a mãe receberem alta do hospital. Enquanto sob a tutela hospitalar, tanto mãe como filho devem receber todo o apoio necessário ao seu desenvolvimento e recuperação. A mãe tem o direito de ter o seu filho junto de si e contar com a supervisão da equipe médica.

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Janiele Mayara
11 meses atrás

Vou pra 4 cesária tenho que mim preocupar mais ou posso ficar tranquila

Editor
Juliana Mota
10 meses atrás
Reply to  Janiele Mayara

Olá Janiele,

Sempre há riscos, mas são os mesmos de uma segunda cesária.

É importante discutir com o seu médico quais são os riscos e suas dúvidas.

Atenciosamente,

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