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HPV

por Dr. Luíz Flávio Cordeiro

HPV

HPV é a sigla de papilomavírus humano, um agente infeccioso que afeta pele e mucosas, provocando a formação de papilomas, que incluem principalmente verrugas, condilomas, pólipos e calos, em diferentes partes do corpo, dependendo do tipo do vírus.

O HPV pode afetar tanto homens como mulheres, sendo mais prevalente entre os 30 e 50 anos, e deve ser tratado tão logo as lesões sejam percebidas, pois alguns tipos do vírus – os considerados de alto risco – podem causar câncer, como, por exemplo, do colo do útero, vagina, vulva, pênis, ânus e orofaringe.

O HPV é um vírus que depende obrigatoriamente de se manter dentro de outra célula para atuar no organismo, e o local mais propício é a camada epitelial basal, como no canal vaginal e no colo do útero.

A principal via de transmissão é o contato sexual, mas existem estudos que revelam que o vírus pode sobreviver em materiais que tiveram contato com o vírus. O potencial de infecção do agente infeccioso é alvo de diversas pesquisas.

Por se tratar de uma doença sexualmente transmissível (DST), o HPV carrega consigo um estigma, sobretudo para a mulher. Isso gera diversas consequências que não devem ser menosprezadas durante o tratamento da doença.

No Brasil, a prevalência geral do HPV é estimada em 54,6%, com base em pesquisa do Ministério da Saúde. Desses, 38,4% apresentam alto potencial de malignidade, ou seja, de que a doença evolua para uma forma de câncer.

O HPV é uma das DSTs mais transmitidas no mundo, porque geralmente são assintomáticos. Em muitos pacientes, o vírus está instalado e pode ser transmitido, mas não manifesta nenhum sintoma. Por essa razão, a forma mais efetiva de se prevenir é utilizar preservativo em qualquer prática sexual.

Fatores de risco

No caso do HPV, existe um maior risco de contaminação:

Sintomas

A infecção por HPV é geralmente assintomática, manifestando-se por alterações citológicas no Papanicolaou ou histológicas na biópsia guiada por colposcopia.

Quando presentes, os sintomas mais evidentes da manifestação do HPV são as verrugas na pele, que podem variar de tamanho, formato e local de surgimento, e alterações colposcópicas que podem ser precursoras de tumores genitais.

Essas verrugas aparecem com mais frequência nos órgãos genitais, uma vez que o contato da pele é intenso durante o ato sexual. No entanto, a doença pode afetar outros órgãos, principalmente garganta, boca e ânus.

Diagnóstico

Para o diagnóstico preciso do HPV e indicação do tratamento correto, são importantes tanto a investigação como a determinação do tipo de vírus.

Assim sendo, a etapa inicial é investigar a presença de lesões causadas pelo vírus. Os exames para isso são, no caso da mulher:

No caso do homem:

Uma vez detectada a presença da infecção, o conhecimento do tipo de vírus presente pode ajudar na definição terapêutica.

Os exames que determinam o tipo do vírus e seu potencial de malignidade e sua carga viral são o teste genético de reação em cadeia da polimerase (PCR) e o de captura híbrida, cuja sensibilidade varia de 90% a 100%.

Tratamento

Muitas pessoas com o sistema imunológico em adequado funcionamento eliminam naturalmente o vírus, não sendo necessário tratamento.

Quando a doença se desenvolve e o tratamento precisa ser feito, as características devem ser avaliadas, pois diferentes manifestações têm formas de tratamento específicas.

No tratamento de verrugas e de alterações histológicas precursoras de alterações malignas, deve-se focar no tratamento das lesões em si, podendo ser destrutivas, como substâncias químicas, crioterapia ou laser, entre outros, ou excisionais cirúrgicas (conização) em estágios mais avançados.

Deve-se procurar um médico assim que notar algum sintoma da doença. Ele fará toda a investigação e indicará o melhor tratamento para o seu caso.

Na maioria das vezes, o tratamento elimina o vírus, mas existem achados da permanência do agente no organismo da pessoa.

Atualmente, a vacina contra o papilomavírus humano (HPV) é considerada uma iniciativa efetiva na diminuição da prevalência dos tipos de HPV cobertos por ela, assim como de verrugas anogenitais e de neoplasias intraepiteliais cervicais. Contudo, a vacinação não substitui o controle preventivo cito-histológico.

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