por Dr. Luíz Flávio Cordeiro
A menopausa é um momento delicado para muitas mulheres, por representar o término da vida reprodutiva feminina. Ademais pode trazer consigo uma série de sintomas. Na menopausa, definida como 1 ano sem menstruação, ou seja, um diagnóstico retroativo, a reserva ovariana da mulher se aproxima de zero e os ovários produzem minimamente estrogênio e progesterona, os hormônios femininos.
Entretanto, a menopausa, fase tão estigmatizada da vida da mulher, deveria ser considerada uma oportunidade para o futuro e não algo tão aterrorizador.
O processo de redução hormonal (e diminuição da fertilidade) tem início no climatério e se completa na menopausa. Muitas mulheres buscam a terapia hormonal para adiar os sintomas da menopausa e diminuir o risco de osteoporose, condição associada à falta dos hormônios.
A menopausa acontece aproximadamente aos 50 anos e pode provocar algumas mudanças no dia a dia da mulher.
Cada mulher vive uma experiência particular na menopausa, como, por exemplo:
Há muitos sintomas relacionados à menopausa, pois os hormônios regulam aspectos importantes do nosso corpo.
A terapia hormonal pode reduzir significativamente esses sintomas e proporcionar a recuperação da qualidade de vida da mulher. No entanto, ela não pode ser feita por muitos anos, em virtude de algumas possíveis das complicações.
Cada mulher deve ser avaliada individualmente para que o médico verifique a possibilidade de indicação da terapia hormonal e dimensione os riscos de acordo com as suas características e histórico.
A principal indicação do uso da terapia hormonal é o controle dos sintomas. Ainda existem dúvidas quanto ao seu benefício como medida de prevenção primária para algumas condições, como doença cardiovascular, câncer e risco de mortalidade em geral. Quando de sua indicação, deve ser iniciada nos anos próximos à menopausa (até 6 anos), pois é quando se obtêm os maiores benefícios. Sua introdução em períodos superiores a esse deve ser extremamente individualizado, uma vez que os riscos aumentam sobremaneira.
Existem algumas condições que contraindicam a terapia:
Existem ainda outras condições que podem contraindicar a terapia, por isso é importante a avaliação de um médico experiente.
Caso a terapia seja indicada, a mulher deverá passar por consultas periódicas com o ginecologista para avaliação. Com o passar do tempo, a terapia vai sendo ajustada, de acordo com a resposta ao tratamento.
A terapia hormonal pode ser realizada apenas com estrogênios, quando a mulher não tem mais o útero, ou com estrogênio associado à progesterona, quando a mulher ainda tem o útero preservado. A escolha de um esquema equivocado pode aumentar os riscos.
O tipo de medicamento e a posologia são indicados pelo médico, de acordo com a avaliação da paciente.
A terapia pode ser feita com comprimidos ou adesivo colocado sobre a pele e devem ter duração limitada. O mais comum são terapias hormonais com durações que variam de 2 a 5 anos, para evitar complicações.