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Pré-natal

por Dr. Luíz Flávio Cordeiro

Pré-natal

Pré-natal é a assistência prestada à gestante durante os nove meses de gestação, incluindo o parto, e o acompanhamento do desenvolvimento das semanas do bebê que visa evitar problemas para a mãe e bebê durante todo esse período. Recomenda-se que todas as gestantes façam o pré-natal para reduzir as chances de complicações e que o iniciem antes da concepção, na consulta pré-concepcional, pois o ideal é que a mulher se prepare para a gravidez.

Ao longo do pré-natal, a mãe realiza exames específicos para o monitoramento de sua saúde e do bebê, com o objetivo de identificar precocemente doenças e outras complicações que podem prejudicar o desenvolvimento da gravidez.

Assim como ocorre na consulta pré-concepcional, durante o pré-natal a mulher recebe todas as orientações pertinentes à gestação e ao parto, tendo a possibilidade de esclarecer todas as suas dúvidas. Essa conduta prepara previamente a mulher para enfrentar os desafios desse momento peculiar de sua vida.

Certas doenças podem se manifestar durante a gravidez, como o diabetes gestacional e a doença hipertensiva específica da gravidez, com efeitos graves sobre a gestante. O pré-natal também previne o desenvolvimento dessas doenças.

Como é feito o pré-natal

Durante o pré-natal, a paciente tem consultas mensais (pelo menos seis ao longo dos nove meses) com o obstetra, que solicita exames e acompanha os resultados, fazendo as devidas orientações. Conforme os meses de gestação passam, as consultas vão se tornando mais frequentes. No primeiro trimestre, a mulher deve procurar o obstetra uma vez por mês. No segundo, duas vezes. No terceiro, três. No entanto, pode haver a necessidade de consultas adicionais, de acordo com as condições da mãe e da criança.

Os exames mais solicitados são:

Alguns desses exames são realizados ou refeitos em diferentes momentos da gestação, como a ultrassonografia para acompanhar o desenvolvimento do bebê.

Ultrassonografias

O exame mais comum durante o pré-natal é a ultrassonografia, necessária para o monitoramento do desenvolvimento do bebê e identificação precoce de problemas com a mãe. Na ultrassonografia, é possível observar se a gestação está se desenvolvendo da maneira adequada e se há algum problema com o bebê ou na cavidade uterina.

Geralmente, são realizados, no mínimo, quatro ultrassonografias, mas essa quantidade pode variar de mulher para mulher.

Na primeira ultrassonografia, realizada na 7ª ou 8ª semana de gestação, confirma-se a gravidez, verifica-se se ela está ocorrendo no local adequado e se é uma gestação única ou múltipla. Em casos de gravidez ectópica, em que o embrião se desenvolve nas tubas uterinas, não no útero, a situação deve ser estudada. Dependendo do caso, é necessário procedimento cirúrgico, pois a mãe pode correr risco de vida.

Com as informações coletadas na primeira ultrassonografia é possível saber com precisão quantas semanas tem a gestação e quando provavelmente será feito o parto.

Na segunda ultrassonografia, chamada morfológica do 1º trimestre, feita entre a 11ª a 13ª semanas de gestação, avalia-se o desenvolvimento do feto, principalmente de determinadas estruturas. É tirada uma medida para auxiliar a identificar o risco de síndrome de Down, de outros distúrbios cromossômicos e alterações cardíacas. Essa ultrassonografia deve ser realizada nesse momento específico porque depois não é mais possível visualizar essas estruturas na ultrassonografia.

A terceira ultrassonografia, chamada morfológica do 2º trimestre e feita entre a 21ª e a 23ª semana, é fundamental para examinar os órgãos internos do bebê. Pode-se examinar, principalmente, o coração, os pulmões, o estômago, a bexiga e os rins. Também é possível observar ossos, como a coluna, o fêmur, entre outros, e medir as veias e artérias cerebrais e do coração.

Na terceira ultrassonografia, é possível identificar o sexo do bebê.

A última ultrassonografia é feita depois da 35ª semana para o planejamento do parto. O principal objetivo do exame é verificar como está posicionado o bebê, em que região está a placenta, como está o volume do líquido amniótico, as condições de respiração e movimentação do bebê, entre outras condições. Com essas informações, o obstetra que realizará o parto poderá determinar a estratégia do procedimento e evitar problemas relacionados.

As ultrassonografias são fundamentais para o acompanhamento do desenvolvimento da gravidez e devem ser feitas por todas as gestantes.

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