Dr. Luiz Flávio
O advento das pílulas anticoncepcionais, na década de 60, trouxe grandes mudanças no cenário do planejamento familiar, garantindo mais autonomia à mulher para decidir quando engravidar e quantos filhos ter. A partir de então, outros métodos contraceptivos foram elaborados, entre eles o dispositivo intrauterino (DIU).
Hoje, as alternativas para evitar uma gravidez são várias, o que abrange:
Dentre os métodos citados, o DIU é um dos mais utilizados. Trata-se de uma forma de contracepção de longa duração que ultrapassa os 99% de eficácia na prevenção da gravidez. O dispositivo é encontrado na versão de cobre ou hormonal, cada qual com seu mecanismo de ação para impedir a fecundação.
Além de sua finalidade anticonceptiva, o DIU hormonal (Mirena ) pode ter efeitos benéficos no controle de algumas doenças ginecológicas hormônio-dependentes, como os miomas e a endometriose.
Confira o texto completo e entenda mais sobre o uso de DIU por mulheres com endometriose!
O que é endometriose?
A endometriose é uma doença inflamatória que pode acometer vários órgãos da pelve feminina. Para compreender como essa condição ocorre, vale antes conhecer um pouco mais sobre a função do útero no ciclo menstrual.
A menstruação é resultante da descamação do endométrio — camada interna do útero. A cada mês, esse tecido altera suas características sob a ação dos hormônios reprodutivos e se torna mais espesso para receber e fixar um óvulo fecundado. Se não houver concepção, o endométrio se desfaz e dá início a um novo ciclo menstrual.
Nos casos de endometriose, fragmentos de tecido endometrial se implantam em outros órgãos. Isso ocasiona um processo inflamatório que se acentua durante o período menstrual, uma vez que as células endometriais extrauterinas também respondem à ação hormonal e sangram nos órgãos afetados — ovários, tubas uterinas, bexiga e intestino estão entre os principais.
A endometriose é uma doença complexa e que pode se manifestar de diferentes formas e em níveis variados de intensidade. A gravidade dos sintomas e a profundidade dos implantes — assim como a intenção de gravidez ou de anticoncepção da paciente — são fatores determinantes para a escolha do tratamento.
Nos casos mais graves, quando as lesões endometrióticas dão origem a aderências cicatriciais extensas e interferem no funcionamento dos órgãos acometidos, pode ser necessário o tratamento cirúrgico. Em níveis leves e moderados, sobretudo quando a mulher não pretende engravidar no momento, medicações hormonais, como o DIU Mirena, podem ser eficazes no controle da doença.
O que é DIU e como ele funciona?
Os dispositivos intrauterinos estão no grupo dos LARC — Long-acting reversible contraceptives —, o que significa que são métodos contraceptivos reversíveis de longa duração. A ação anticoncepcional do DIU perdura entre 5 e 10 anos, conforme o tipo de dispositivo utilizado.
A prevenção duradoura da gravidez é especialmente importante para mulheres que têm dificuldades para tomar as pílulas diariamente no mesmo horário. As falhas na regularidade da administração dos contraceptivos orais reduzem sua taxa de eficácia e deixa a mulher mais suscetível a uma gestação não planejada.
Há dois tipos de DIU, de cobre e hormonal. Ambos têm formato de T e são colocados na cavidade uterina, onde exercem seu efeito anticonceptivo. A eficácia dos dois métodos é quase a mesma, mas eles diferem em relação ao mecanismo de ação.
O DIU de cobre é um dispositivo de plástico revestido com cobre. Colocado no útero, ele libera substâncias metálicas, deixando o ambiente uterino hostil para os espermatozoides. Além disso, o dispositivo em si funciona como uma barreira para que os gametas masculinos não consigam chegar às tubas, onde encontrariam o óvulo.
O DIU hormonal, por sua vez, altera as características do muco cervical, deixando-o mais espesso para reduzir a motilidade dos espermatozoides e dificultar sua ascensão pelo sistema reprodutor feminino. Esse dispositivo também tem o efeito antiproliferativo do endométrio, isto é, reduz sua espessura e o mantém inapropriado para receber o embrião.
Afinal, é possível colocar DIU tendo endometriose?
Sim, mulheres com endometriose podem colocar o DIU. Inclusive, o uso do dispositivo hormonal é uma das alternativas de tratamento nesses casos. Contudo, há várias ressalvas para essa indicação:
Assim como o DIU, outros métodos contraceptivos hormonais podem ser utilizados por mulheres com endometriose — seguindo a avaliação médica. Nesse contexto, as pílulas combinadas (progesterona + estrogênio sintético) também são úteis no controle da doença.
Ambos têm o efeito de inibir a ação estrogênica, a fim de reduzir o crescimento do tecido endometrial intra e extrauterino e diminuir as respostas inflamatórias.
Leia também nosso texto institucional sobre colocação de DIU e tire suas dúvidas sobre como esse método funciona!
O advento das pílulas anticoncepcionais, na década de 60, trouxe grandes mudanças no cenário do planejamento familiar, garantindo mais autonomia à mulher para decidir quando engravidar e quantos filhos ter. A partir de então, outros métodos contraceptivos foram elaborados, entre eles o dispositivo intrauterino (DIU).
Hoje, as alternativas para evitar uma gravidez são várias, o que abrange:
Dentre os métodos citados, o DIU é um dos mais utilizados. Trata-se de uma forma de contracepção de longa duração que ultrapassa os 99% de eficácia na prevenção da gravidez. O dispositivo é encontrado na versão de cobre ou hormonal, cada qual com seu mecanismo de ação para impedir a fecundação.
Além de sua finalidade anticonceptiva, o DIU hormonal (Mirena ) pode ter efeitos benéficos no controle de algumas doenças ginecológicas hormônio-dependentes, como os miomas e a endometriose.
Confira o texto completo e entenda mais sobre o uso de DIU por mulheres com endometriose!
O que é endometriose?
A endometriose é uma doença inflamatória que pode acometer vários órgãos da pelve feminina. Para compreender como essa condição ocorre, vale antes conhecer um pouco mais sobre a função do útero no ciclo menstrual.
A menstruação é resultante da descamação do endométrio — camada interna do útero. A cada mês, esse tecido altera suas características sob a ação dos hormônios reprodutivos e se torna mais espesso para receber e fixar um óvulo fecundado. Se não houver concepção, o endométrio se desfaz e dá início a um novo ciclo menstrual.
Nos casos de endometriose, fragmentos de tecido endometrial se implantam em outros órgãos. Isso ocasiona um processo inflamatório que se acentua durante o período menstrual, uma vez que as células endometriais extrauterinas também respondem à ação hormonal e sangram nos órgãos afetados — ovários, tubas uterinas, bexiga e intestino estão entre os principais.
A endometriose é uma doença complexa e que pode se manifestar de diferentes formas e em níveis variados de intensidade. A gravidade dos sintomas e a profundidade dos implantes — assim como a intenção de gravidez ou de anticoncepção da paciente — são fatores determinantes para a escolha do tratamento.
Nos casos mais graves, quando as lesões endometrióticas dão origem a aderências cicatriciais extensas e interferem no funcionamento dos órgãos acometidos, pode ser necessário o tratamento cirúrgico. Em níveis leves e moderados, sobretudo quando a mulher não pretende engravidar no momento, medicações hormonais, como o DIU Mirena, podem ser eficazes no controle da doença.
O que é DIU e como ele funciona?
Os dispositivos intrauterinos estão no grupo dos LARC — Long-acting reversible contraceptives —, o que significa que são métodos contraceptivos reversíveis de longa duração. A ação anticoncepcional do DIU perdura entre 5 e 10 anos, conforme o tipo de dispositivo utilizado.
A prevenção duradoura da gravidez é especialmente importante para mulheres que têm dificuldades para tomar as pílulas diariamente no mesmo horário. As falhas na regularidade da administração dos contraceptivos orais reduzem sua taxa de eficácia e deixa a mulher mais suscetível a uma gestação não planejada.
Há dois tipos de DIU, de cobre e hormonal. Ambos têm formato de T e são colocados na cavidade uterina, onde exercem seu efeito anticonceptivo. A eficácia dos dois métodos é quase a mesma, mas eles diferem em relação ao mecanismo de ação.
O DIU de cobre é um dispositivo de plástico revestido com cobre. Colocado no útero, ele libera substâncias metálicas, deixando o ambiente uterino hostil para os espermatozoides. Além disso, o dispositivo em si funciona como uma barreira para que os gametas masculinos não consigam chegar às tubas, onde encontrariam o óvulo.
O DIU hormonal, por sua vez, altera as características do muco cervical, deixando-o mais espesso para reduzir a motilidade dos espermatozoides e dificultar sua ascensão pelo sistema reprodutor feminino. Esse dispositivo também tem o efeito antiproliferativo do endométrio, isto é, reduz sua espessura e o mantém inapropriado para receber o embrião.
Afinal, é possível colocar DIU tendo endometriose?
Sim, mulheres com endometriose podem colocar o DIU. Inclusive, o uso do dispositivo hormonal é uma das alternativas de tratamento nesses casos. Contudo, há várias ressalvas para essa indicação:
Assim como o DIU, outros métodos contraceptivos hormonais podem ser utilizados por mulheres com endometriose — seguindo a avaliação médica. Nesse contexto, as pílulas combinadas (progesterona + estrogênio sintético) também são úteis no controle da doença.
Ambos têm o efeito de inibir a ação estrogênica, a fim de reduzir o crescimento do tecido endometrial intra e extrauterino e diminuir as respostas inflamatórias.
Leia também nosso texto institucional sobre colocação de DIU e tire suas dúvidas sobre como esse método funciona!