Dr. Luiz Flávio
Uma gravidez e suas fases geram impactos físicos e emocionais na mulher e no casal, provocando inúmeras mudanças.
Por ser um processo de grande complexidade, o acompanhamento médico é indispensável para diminuir a ocorrência de alguns tipos de problemas materno-fetais, tais como abortos, malformações no bebê e doenças que prejudicam a saúde de mãe e, por consequência, do filho.
Conhecido como pré-natal, esse acompanhamento é de extrema importância, devendo ser iniciado assim que a gravidez é confirmada. Durante esse período são feitos diversos exames para avaliar a saúde da mãe, bebê, confirmar a idade gestacional e prover o suporte de que a mulher necessita durante a gravidez.
A ultrassonografia é um dos exames mais realizados, o que a torna muito importante durante todo o pré-natal.
Além de acompanhar o estado de saúde da mãe e do bebê, tomando medidas provisórias para quaisquer complicações, o acompanhamento também orienta como as mães devem agir durante a gestação e o que esperar.
Continue lendo e descubra o que é pré-natal, o que é ultrassonografia, suas indicações, o que pode evitar, entre outros esclarecimentos cruciais para gestantes.
O pré-natal é um acompanhamento (assistência) médico realizado assim que a mulher descobre sua gravidez e se estende até o parto. Esse acompanhamento tem o objetivo de orientar e analisar a saúde da mãe e do bebê, prevenindo complicações durante a gravidez e parto.
Durante toda a gestação são realizados exames com o objetivo de identificar e tratar doenças que podem surgir nesse período.
Diversas ultrassonografias também são feitas para acompanhar o desenvolvimento do bebê dentro do útero e identificar precocemente possíveis alterações.
Algumas alterações no corpo da mulher podem provocar problemas no desenvolvimento do bebê. Quanto mais cedo é iniciado o pré-natal, maiores as chances de prevenir complicações na gravidez.
A ultrassonografia é uma técnica de diagnóstico por imagem que não possui efeitos colaterais. É utilizada pelo médico para analisar a saúde e o desenvolvimento do bebê, muito importante, entre outros, para identificar se há malformação no feto.
A técnica também revela o sexo do bebê a partir da 13ª semana aproximadamente.
A ultrassonografia é sempre indicada para a gestante por ser o principal recurso de avaliação da saúde e crescimento da criança em desenvolvimento no útero.
Ela é indicada para:
A ultrassonografia deve ser realizada num hospital ou clínica por médico capacitado.
A ultrassonografia é feita pelo menos duas vezes no primeiro trimestre e, no mínimo, uma vez a cada trimestre subsequente, totalizando 4 exames. No entanto, pode ser feita mais vezes, caso o médico ache necessário.
A ultrassonografia também é indicada para evitar complicações no parto para mãe e bebê. Ela pode oferecer informações sobre o desenvolvimento do feto que podem evitar aborto ou nascimento prematuro.
Ela verifica a anatomia do bebê, o surgimento de doenças e até se há alguma malformação durante o desenvolvimento intrauterino.
Sua indicação é de extrema importância para prevenir complicações e analisar as condições da placenta e do líquido amniótico, assim como o crescimento do bebê.
Ao longo da gestação, a gestante pode realizar ultrassonografias transvaginais e suprapúbicas, que são externas, realizadas pelo abdômen.
1 – Geralmente realizada entre a 7a e a 8a semana de gestação, essa primeira ultrassonografia verifica a: quantidade de embriões, a localização da gravidez e determina o tempo de gestação.
Esse ultrassom é transvaginal. O objetivo é analisar o feto. Como no início da gestação o feto pode medir até 5 cm, é preciso observar mais de perto, a fim de obter boas imagens. Por esse motivo é feita a transvaginal, normalmente.
No primeiro exame, é possível observar quantos bebês estão em desenvolvimento, já sendo possível, em alguns casos, ouvir os batimentos cardíacos.
Também é o momento de verificar onde está ocorrendo o desenvolvimento do feto, se no útero ou nas tubas uterinas (gestação ectópica, condição potencialmente grave), assim como determinar o tempo de gestação.
2 – Morfológico do 1º trimestre: realizado entre a 11a e a 13a semanas de gestação, tem como objetivo detectar sinais que podem sugerir algumas síndromes, como a síndrome de Down, por exemplo.
3 – Morfológico do 2º trimestre: realizado entre a 21a e a 23a semana de gestação, tem como objetivo analisar características de formação morfológica dos diversos órgãos do bebê, sendo cada um observado individualmente, dando seguimento ao acompanhamento de eventuais alterações.
4 – A última ultrassonografia obrigatória é feita na 35a semana e é destinada a orientar o planejamento do parto. O objetivo é observar a posição e crescimento do bebê, a localização da placenta, a quantidade de líquido amniótico e a respiração e movimentação do bebê.
Com essas informações, associadas a algumas outras adquiridas pelo profissional durante o exame clínico, é possível determinar o procedimento mais adequado para o parto.
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