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A ultrassonografia identifica a endometriose?

A ultrassonografia identifica a endometriose?

Dr. Luiz Flávio

A ultrassonografia (USG) é um exame fundamental em ginecologia. Ele é muito realizado em todo o mundo devido a seu baixo custo, alta eficiência e segurança. Além disso, algumas técnicas podem melhorar a sua sensibilidade para condições de difícil diagnóstico, como a endometriose. 

Recentemente, protocolos específicos para essa doença foram desenvolvidos, melhorando a sua sensibilidade de detecção de implantes. 

Quer saber mais? Acompanhe!

A ultrassonografia especializada para endometriose e a ultrassonografia tradicional 

O mecanismo básico das duas ultrassonografias é o mesmo: 

  • O equipamento é composto por uma tela, um computador e um transdutor (capaz de emitir e receber sinais de ultrassom);
  • As ondas de ultrassom são semelhantes às do som, porém a vibração é muito mais rápida. Por isso, nossos ouvidos não ouvem nenhum barulho durante o exame;
  • Essas ondas se chocam com nossos órgãos e ecoam para o transdutor. De acordo com as características dessas ondas refletida pelas diversas estruturas, há a elaboração de uma imagem;
  • Todo esse processo é conduzido e interpretado por um médico, o qual elabora um laudo com suas impressões.

No entanto, há algumas diferenças entre os dois exames.

Preparo

A ultrassonografia tradicional não demanda nenhum preparo intestinal. Eventualmente, os médicos podem indicar o uso de antigases antes da execução do exame. No método especializado para a endometriose, é feito o esvaziamento intestinal para evitar que os gases e as fezes interfiram na visualização de estruturas acometidas.

Indicação

A ultrassonografia pélvica tradicional é indicada para várias condições ginecológicas e urinárias, podendo ser complementada pela ultrassonografia especializada para endometriose.

Por que a ultrassonografia pode identificar a endometriose?

Os implantes de endometriose são muito difíceis de identificar em métodos de imagens tradicionais. Afinal, podem ser confundidos com outros tipos de lesão ou com estruturas saudáveis. Então, durante muito tempo, buscaram-se métodos para melhorar a acurácia do exame.

O uso de um transdutor transvaginal faz com que o sensor ultrassonográfico fique bem próximo a localizações comuns da endometriose, como:

  • Ovários;
  • Trompas uterinas;
  • Bexiga;
  • Intestino;
  • Região retrocervical;
  • Peritônio. 

O preparo do intestino evita algumas interferências: os gases atrapalham a aquisição das imagens, enquanto as fezes podem dificultar a visualização de implantes intestinais. Como a endometriose pode ter espessuras muito pequenas, medidas em milímetros, torna-se necessário um método com o mínimo de fatores de confusão. 

Quais as condições ideias para a ultrassonografia?

Dizemos que todos os tipos de ultrassonografia são examinador-dependentes. Isso significa que a qualidade é determinada pela experiência e capacitação de quem executa o exame. Afinal, todas as imagens são coletadas em tempo real à medida que o profissional posiciona o transdutor.

Então, é preciso que ele entenda muito bem o que está procurando. Assim, diante de uma imagem potencialmente suspeita, ele poderá reposicionar o sensor e pedir para que você faça algumas manobras para melhorar a visualização. Além de executar, ele também será o intérprete, responsável pela elaboração do laudo.

Quando o exame é indicado?

A ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal é indicada como exame inicial para a investigação da suspeita de endometriose. Os principais sintomas dessa condição são:

  • Dor pélvica crônica: dor, cólica ou desconforto pélvica por um período maior do que seis meses, fora do período menstrual;
  • Dismenorreia: dores ou cólicas intensas durante o período menstrual;
  • Infertilidade: dificuldade para engravidar após um ano de tentativas frequentes sem uso de métodos contraceptivos.

Além disso, dependendo da localização, a doença pode estar associada a outras queixas, como:

  • Dificuldade para evacuar;
  • Dificuldade para urinar;
  • Dor durante as relações sexuais.

A USG transvaginal com preparo intestinal é um método sensível para as formas mais frequentes de endometriose, como o endometrioma, sendo um excelente exame inicial. 

Apesar disso, existe um tipo de endometriose cuja identificação por métodos de imagem é muito difícil: a superficial. Isso acontece, pois os implantes são muito delgados, menos de 5 milímetros. Consequentemente, podem ser indistinguíveis de outras estruturas. 

Nesse caso, o tratamento poderá ser realizado empiricamente, isto é, mesmo sem um diagnóstico confirmado. Afinal, o único exame capaz de identificar a endometriose superficial é a cirurgia laparoscópica, que é muito mais invasiva do que o ultrassom.

Por esse motivo, ela não é realizada apenas com a finalidade de identificar as lesões. Ela também é reservada para os casos que demandam o tratamento cirúrgico, realizando o mapeamento das lesões, ou seja, a confirmação do diagnóstico e o tratamento são feitos no mesmo procedimento.

Portanto, a ultrassonografia especializada para a endometriose é uma ferramenta diagnóstica essencial na ginecologia. A partir de um método não invasivo, muitas formas dessa condição são identificadas e tratadas sem a necessidade de exames mais invasivos.

Quer saber mais sobre a endometriose? Não deixe de conferir o nosso post sobre o assunto!

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