por Dr. Luíz Flávio Cordeiro
A amamentação ou aleitamento materno é um ato importante para a saúde do recém-nascido. Consiste na alimentação do bebê com o leite produzido pelas mamas da mãe ou de outra mulher que o tenha disponível.
O leite materno contém todos os nutrientes para a manutenção da saúde do recém-nascido, evitando diversos tipos de afecções e criando as condições necessárias ao desenvolvimento e crescimento da criança. Assim sendo, o Ministério da Saúde recomenda que, nos primeiros seis meses, o bebê receba apenas leite materno, sem a necessidade de ingestão de outros alimentos, como sucos, chás ou mesmo água.
Quanto mais longo for o período de amamentação, melhor os efeitos para a mãe e para o bebê. Após os seis meses, à alimentação devem ser acrescentados outros tipos de alimentos saudáveis, sempre sob a orientação do pediatra.
O processo de amamentação transcende a nutrição da criança. Trata-se de um processo com efeitos nutricionais, imunológicos, cognitivos e emocionais. O vínculo entre mãe e filho se fortalece.
É importante que a mulher siga todas as orientações médicas durante esse período para um melhor aproveitamento dessa fase.
A amamentação deve ser feita de acordo com a orientação médica para minimizar dor e ter o resultado esperado na saúde do bebê.
Com relação à frequência, a amamentação deve ser feita de acordo com a demanda da criança (livre demanda), sem restrições. O bebê pode mamar a hora e quantas vezes sentir necessidade. É comum que no início não haja uma regularidade e o bebê mame entre 8 e 12 vezes ao dia. A mulher deve oferecer uma mama até seu completo esvaziamento. Quando isso acontecer, caso ele ainda não esteja satisfeito, a outra mama deve ser oferecida.
O leite inicial tem mais água e depois mais gordura, saciando a sede e a fome. Como no início o bebê tem mais fome, ele suga com mais força. A segunda mama geralmente não chega a esvaziar. Por essa razão, recomenda-se que a mulher sempre ofereça primeiro a segunda mama da mamada anterior, garantindo que ela se esvazie por completo.
Essa forma de amamentar aumenta as chances de a mulher produzir um volume maior de leite, reduzindo os riscos de ingurgitamento. O tempo de cada mamada varia de acordo com alguns fatores, portanto não há regra.
Os profissionais da saúde, assim como o Ministério da Saúde, não recomendam a utilização de chupetas e mamadeiras.
A amamentação é um processo que proporciona uma série de benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê.
Por ser um alimento completo, o bebê não precisa de outras fontes de alimentação até os seis meses de idade. O leite também o protege de diversas doenças, como alergias, diabetes, infecções respiratórias, diarreia, entre outras.
Os benefícios maternos são:
Os benefícios para o bebê são:
O pai tem papel fundamental em todo o processo de desenvolvimento do bebê e nos cuidados da recuperação da mãe. Ele deve receber toda a orientação pertinente e ser estimulado a desempenhar esse papel.