Dr. Luiz Flávio
O parto prematuro é aquele que ocorre antes de a gestação completar 37 semanas. Apesar de, na medicina, o tempo de gravidez não ser contado em meses, popularmente o parto no tempo certo (a termo) ficou conhecido como o nascimento depois dos 9 meses.
Nessa idade gestacional, o bebê está completamente desenvolvido e há menos riscos de complicações neonatais.
Por esse motivo, o parto prematuro é uma das principais preocupações dos ginecologistas-obstetras. Um dos grandes objetivos do pré-natal é justamente evitá-lo em gravidezes de baixo risco, que representam a grande maioria dos casos.
No entanto, devido a algumas condições maternas ou fetais, o adiantamento do parto pode ser a melhor solução para evitar complicações em gestações de alto risco.
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O parto prematuro é aquele que ocorre antes de 37 semanas de gestação. Assim, a partir do dia em que se completam 37 semanas, falamos que o parto é “a termo”.
Se ele acontecer com 36 semanas + 6 dias, ainda será considerado prematuro. Essa determinação é importante para que todos os cuidados com a mãe e o bebê sejam adequados, evitando, dessa forma, possíveis complicações.
Atualmente, os principais fatores de risco para parto prematuro são:
Histórico de parto prematuro ou aborto anterior;
Elas promovem um maior sofrimento do feto, alteram o equilíbrio hormonal da gestação, modificam a contratilidade do útero ou enfraquecem o colo uterino.
No entanto, nem todo o parto prematuro ocorre naturalmente. Ele pode ser induzido, mediante avaliação médica, devido ao:
Endometriose é uma doença em que um tecido semelhante ao endométrio, que reveste internamente o útero, cresce anormalmente em locais próximos.
Esses riscos ocorrem tanto em gestações naturais quanto em métodos de fertilização in vitro.
Sim! De todos os fatores preventivos certamente o que mais protege a gestação é o acompanhamento pré-natal adequado. Nele, o ginecologista-obstetra vai:
Também é possível prevenir o parto prematuro antes da gestação por meio do planejamento reprodutivo. Isso é especialmente importante na suspeita de endometriose, pois, assim, pode-se tratar a doença o quanto antes, escolher um bom método conceptivo e o melhor momento para iniciar a gravidez.
A idade gestacional vai influenciar os cuidados que o ginecologista-obstetra adotará:
Entre 34 semanas e 36 semanas e 6 dias. Aqui, todos os sistemas do bebê já estão bem formados e, em condições normais, já apresenta um bom peso. No entanto, seus pulmões ainda não estão maduros e poderão apresentar a chamada Síndrome do Desconforto Respiratório Neonatal.
Ela pode ser evitada se, após indicação médica, a gestante utilizar corticoides, uma classe de medicamentos utilizada, nestes casos para o amadurecimento pulmonar.
Entre 32 semanas e 33 semanas e 6 dias. Aqui, os órgãos já estão bem formados, mas pouco madurecidos. Todavia, o principal problema é o baixo peso ao nascer menor do que 2.500 gramas.
Isso provoca uma série de complicações graves, especialmente a baixa temperatura corporal (a hipotermia), que é uma das principais causas de óbito após o parto. Felizmente, caso os cuidados adequados sejam tomados, esse risco se reduz bastante.
Entre 28 semanas e 31 semanas e 6 dias. Nessa situação, a probabilidade de complicações neonatais e no primeiro ano de vida aumentam substancialmente, pois a maioria dos bebês prematuros graves nascem com peso muito baixo (menor do que 2000 gramas).
Por apresentarem maiores dificuldade de oxigenação e risco de hipotermia, eles podem desenvolver condições neurológicas, que resultam no atraso do desenvolvimento intelectual.
Em relação ao óbito, se o bebê nascer com peso maior do que 1.350 gramas e tiver os cuidados médicos adequados, as chances de óbito são apenas um pouco maiores do que nas gestações prematuras mais maduras. Essas chances dependerão muito dos recursos de terapia intensivas neonatais.
Entre 24 semanas e 27 semanas e 6 dias. Nesses casos, a maioria dos bebês apresentam extremo baixo peso e um desenvolvimento corporal incompleto.
Há uma maior chance problemas de desenvolvimento físico e intelectual.
Quando o feto apresentar menos do que 500 gramas ou a idade gestacional for de até 23 semanas, considera-se que houve abortamento, e não parto prematuro.
Por todos esses motivos, o acompanhamento pré-natal com um ginecologista-obstetra de referência é tão importante. Ele vai tomar todas as medidas necessárias para um bom ganho de peso, evitar a prematuridade e auxiliar no planejamento do parto. Quem tem condições específicas, como a endometriose, precisa ter um cuidado redobrado!
Quer saber mais sobre a endometriose, diagnóstico e tratamento? Não deixe de conferir nosso post bem completo sobre o assunto!