por Dr. Luíz Flávio Cordeiro
A densitometria óssea é o exame de imagem mais solicitado para diagnóstico e avaliação da osteopenia ou osteoporose, doenças metabólicas caracterizadas pela redução da densidade mineral dos ossos, ou seja, perda de massa óssea, mais prevalente em pessoas em idade avançada, principalmente mulheres pós-menopausa. A osteopenia é o estágio inicial da perda óssea. Se não tratada adequadamente, pode evoluir e se tornar osteoporose.
O corpo humano substitui o tecido ósseo constantemente. A osteoporose ocorre quando a taxa de absorção da massa óssea é maior que a taxa de reposição do tecido, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas.
Geralmente, as pessoas com osteoporose só descobrem a doença quando fraturam algum osso ou quando é feita a avaliação preventiva em virtude de alguma condição ou fator de risco, por exemplo a menopausa. A osteoporose atinge principalmente as vértebras, o colo do fêmur e os ossos do punho.
A densitometria óssea avalia a densidade mineral dos ossos, portanto também pode ser indicada para identificar outras doenças que afetam os ossos.
A densitometria óssea pode ser feita de maneira preventiva ou após algum episódio que pode indicar algum problema no tecido ósseo. Ela está especialmente indicada para:
As indicações também estão relacionadas aos fatores de risco. Mulheres com problemas hormonais devem fazer o exame com certa frequência para identificar o surgimento e acompanhar o desenvolvimento da doença.
Recomenda-se que a densitometria óssea seja realizada periodicamente por mulheres e homens acima dos 65 anos, principalmente se houver diagnóstico prévio de osteopenia ou osteoporose como prevenção.
Ela também é indicada para acompanhar a reposta do organismo ao tratamento dessas doenças que atingem os ossos.
Embora a quantidade de radiação ionizante seja muito baixa, gestantes devem evitar o exame, pois essa radiação pode prejudicar o desenvolvimento do bebê.
Deve-se esperar alguns dias para a realização do exame em pessoas que se submeteram recentemente a exames que utilizavam contraste de iodo ou bário, pois isso pode interferir nos resultados do exame.
A densitometria óssea é um exame de baixa complexidade similar a um raio-X comum. Não é necessária preparação, embora deva-se evitar roupas com metais para não interferir nos resultados, e o paciente realiza o exame em laboratório especializado.
Dura cerca de 15 minutos e não é necessária anestesia, pois é um exame indolor. O paciente deita na maca indicada pelo especialista e permanece imóvel por todo o exame. A máquina registra imagens radiológicas do corpo, principalmente das áreas mais comumente afetadas pela doença, caso a suspeita seja de osteoporose.
Os resultados são fornecidos na forma de escores: o escore Z é utilizado para medir o cálcio em pacientes mais jovens; e o Escore T é utilizado para quantificar o cálcio nos ossos de pacientes com idade mais avançada, comparando-os com adultos mais jovens, sendo o mais utilizado na definição de osteopenia e osteoporose. Ambos mostram o nível de cálcio nos ossos, mas os valores de referência variam de acordo com a idade do paciente.
Os valores de referência para o escore T são:
O médico que solicita o exame faz a interpretação dos resultados para propor a melhor conduta terapêutica, lembrando que a osteopenia deve ser tratada de forma adequada para evitar quadro de osteoporose.