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Endometriose pode causar ou aumentar o risco de complicações no parto?

Endometriose pode causar ou aumentar o risco de complicações no parto?

Dr. Luiz Flávio

Cada gestação é única. Até mesmo mulheres que passaram por mais de uma gravidez atestam essa afirmação. Os cuidados devem começar desde a confirmação da gravidez e, se eu puder dar uma recomendação seria: faça o pré-natal. Para os casos em que a mulher possui uma doença antes de engravidar, como a endometriose, o acompanhamento médico especializado é fundamental.

Durante o pré-natal, a gestante recebe orientações médicas, realiza exames para identificar e tratar alterações que podem colocar a sua saúde ou a do bebê em risco. Além disso, ele é capaz de avaliar a influência das doenças durante a gravidez e prever possíveis problemas no parto.

Ao longo desse artigo, vamos nos aprofundar nos momentos finais da gestação para entender se a endometriose pode causar ou aumentar o risco de complicações no parto.

Se você tem endometriose ou possui os seus sintomas característicos e quer saber como a doença influencia no parto, continue a leitura!

Quais são os tipos de parto?

O tipo de parto é uma das decisões mais importantes a ser tomada pela gestante. Esse tema gera muitas dúvidas sobre qual seria o melhor, porém, um ponto é crucial: a mulher deve receber informações corretas sobre o assunto para se sentir mais segura e preparada para esse momento.

Existem três tipos de parto: o natural, o normal e a cesariana. Nos dois primeiros, a via de parto é a vaginal e o último, por via cirúrgica. O parto natural é caracterizado pela ausência de interferências durante o trabalho de parto. O médico obstetra e a sua equipe se posicionam no papel de observadores, intervindo apenas se for necessário.

No parto normal há a presença de intervenções médicas, seja pela administração da anestesia peridural, medicamentos para acelerar as contrações, analgésicos e/ou instrumentos para auxiliar na saída do bebê.

A mulher deve ter autonomia para decidir o seu tipo de parto, porém, há situações em que, para não colocar em risco a saúde da mãe e do bebê, a cesariana é necessária. Ela é realizada com um corte na região abdominal e na cavidade uterina, via por onde o bebê é retirado.

Como a endometriose pode afetar o parto?

A endometriose é uma doença estrogênio-dependente que atinge milhões de mulheres em todo o mundo. Difícil de ser diagnosticada e de caráter progressivo, os seus sintomas afetam a qualidade de vida e até a saúde mental da paciente.

A presença de células endometriais fora do útero provoca um processo inflamatório e lesões nos locais afetados. Ela se manifesta sob três formas: a endometriose peritoneal superficial, endometriose ovariana e a endometriose infiltrativa profunda.

Segundo estudos, a endometriose está associada a um maior risco de complicações no parto, como: parto prematuro, pré-eclâmpsia e hemorragia anteparto. E ainda, por conta desses fatores, muitas mulheres tiveram a cesariana como o tipo de parto, apesar de não ser uma indicação absoluta.

Entre os motivos para essa relação está o fato da doença provocar um processo inflamatório crônico e aderências, especialmente, nos casos de endometriose infiltrativa profunda, o seu tipo mais grave. Ela é caracterizada por lesões profundas — com mais de 5 mm de profundidade — e por atingir vários locais simultaneamente, como ligamentos próximos ao útero, bexiga e intestino.

Ou seja, a endometriose pode causar ou aumentar o risco de complicações na gestação exigindo  um acompanhamento médico próximo. O pré-natal é fundamental durante a gravidez, especialmente, nos casos em que a gestante possui alguma doença que pode causar alguma complicação durante a gestação ou que possa atingir o feto.

Os estudos sobre os impactos da doença na gestação ainda foram pouco explorados e os seus resultados são conflitantes, sendo necessários mais estudos sobre essa relação.

Quais cuidados são indicados durante a gestação para minimizar os riscos?

Durante a gestação, alguns cuidados gerais são recomendados, como:

  • fazer o pré-natal durante toda a gravidez;
  • ter uma alimentação saudável e diversificada;
  • praticar atividades físicas leves e que respeitem as limitações da gestante e;
  • não fumar e não consumir bebidas alcoólicas.

A endometriose, apesar de atingir 10% da população feminina, ainda é uma doença difícil de ser diagnosticada e os seus efeitos sobre a gestação e durante o parto ainda são pouco conhecidas. Estudos apontam que há uma relação entre a doença e o maior risco de cesarianas, parto prematuro e outras complicações.

A melhor forma de minimizar os riscos é com um pré-natal rigoroso para que o médico acompanhe de perto o desenvolvimento da gestação e a mulher se sinta mais segura e bem informada durante a gravidez.

Muitas mulheres passam anos sem identificar a causa de fortes dores pélvicas que prejudicam a sua qualidade de vida. Para ter uma visão completa sobre a endometriose, confira o nosso material sobre ela!

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