Dr. Luiz Flávio
A saúde de uma mulher não é determinada apenas por fatores biológicos e de reprodução, mas também pelos efeitos da carga de trabalho, nutrição, estresse, entre outros.
Ao desempenharem diferentes atividades, as mulheres muitas vezes concentram-se mais nos cuidados dos filhos, enquanto negligenciam suas próprias necessidades. Por isso, os problemas relacionados à saúde feminina tornaram-se na última década um compromisso de diferentes países.
Em cada etapa da vida, a mulher tem necessidades específicas, desde o início do seu desenvolvimento até a menopausa. Inúmeras doenças podem ser prevenidas com o cuidado adequado. O funcionamento do procedimento ginecológico, as principais doenças femininas, exames para diagnosticá-las e quando consultar um especialista são temas que abordo neste artigo.
A ginecologia é a prática da medicina que lida diretamente com a saúde da mulher. A palavra deriva do grego e significa ‘ciência da mulher’. A maioria dos médicos também é obstetra, enquanto ambas as especialidades têm ainda subespecialidades, entre elas a mastologia, que se dedica ao estudo das glândulas mamárias.
O médico ginecologista, portanto, irá acompanhar todas as fases de desenvolvimento da mulher. A primeira consulta deverá ser realizada ao mesmo tempo que ocorre a primeira menstruação, geralmente entre 12 e 13 anos de idade.
Antes de iniciar a vida sexual, também é importante consultá-lo. Além de orientações e prescrição de contraceptivos, nesse momento é feito o primeiro exame Papanicolaou, uma vez que a atividade sexual provoca alterações no útero. O Papanicolaou permite diagnosticar o HPV (papilomavírus humano), que pode evoluir para câncer de colo do útero caso não seja adequadamente tratado. Deve ser realizado anualmente.
Outro exame a ser programado é a mamografia a partir dos 40 anos. A primeira mamografia servirá como base comparativa para as seguintes. O exame é a maneira mais eficaz para confirmar alterações nos seios.
Alguns sinais também alertam para a importância de consultar um ginecologista, tais como alterações no fluxo menstrual e cólicas intensas, dor e secreção nos seios, corrimento malcheiroso, na cor amarelo-esverdeada, coceira no órgão genital e sangramento.
Eles podem indicar desde doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), vaginites, vaginose bacteriana, síndrome dos ovários policísticos e doenças como endometriose, a neoplasias. As principais condições ginecológicas são:
Irregularidades menstruais
Problemas da cavidade pélvica
Infecções
Além disso, o ginecologista também deverá ser consultado se houver suspeita de dificuldades reprodutivas. É considerado infértil um casal que mantém relações sexuais pelo período de um ano sem a utilização de métodos contraceptivos e, ainda assim, não consegue engravidar.
Veja quais são os principais exames ginecológicos realizados e qual a indicação de cada um.
O exame físico deve ser realizado anualmente. Durante o exame, o médico poderá perceber alterações no órgão genital, ovários ou útero e solicitar exames complementares para confirmação do diagnóstico. É realizado em duas etapas.
Na mesa ginecológica, a mulher fica em posição ginecológica. Um foco de luz, um espelho e a inserção de um espéculo na vagina permitem a visualização interna.
O exame de toque é outra etapa do exame físico ginecológico. O ginecologista introduz os dedos pelo canal vaginal e posiciona a outra mão no abdômen para redirecionar os órgãos e tocá-los. O ginecologista examina o útero e também verifica os ovários. O toque vaginal é imprescindível e insubstituível.
Caso seja percebida alguma alteração, ele poderá solicitar os seguintes exames:
Qual a importância de consultar o ginecologista regularmente?
Consultar o ginecologista periodicamente é fundamental para identificar possíveis problemas e iniciar o tratamento precocemente, garantindo mais chances para o seu sucesso.
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