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Ginecologia: saúde integral da mulher

Ginecologia: saúde integral da mulher

Dr. Luiz Flávio

Quando falamos em saúde da mulher, em geral pensamos primeiro nas questões relacionadas aos órgãos reprodutivos femininos e à gravidez. A saúde feminina, no entanto, vai muito além disso. Fatores emocionais, sociais e familiares, bem como a saúde de outros órgãos, também têm influência no bem-estar geral da mulher.

A ginecologia é a especialidade médica que busca olhar para todos esses fatores, embora tenha foco maior na prevenção e no tratamento de doenças do sistema reprodutor e saúde sexual. O objetivo maior dessa especialidade é garantir que a mulher tenha conhecimento sobre o seu corpo para prevenir doenças e se sinta acolhida, cuidando assim de sua saúde de maneira integral.

Continue a leitura para saber mais.

O que é ginecologia?

Tradicionalmente, a ginecologia é a especialidade médica responsável por cuidar da saúde da mulher, sobretudo em relação ao aparelho reprodutor. Dessa forma, o ginecologista trabalha na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas aos órgãos femininos, como útero, tubas uterinas e ovários, bem como dos órgãos externos, como a vulva e as mamas.

Hoje, no entanto, entende-se que a saúde da mulher vai muito além do sistema reprodutor, e a ginecologia busca trabalhar a ideia de saúde integral da mulher, de forma holística. Esse conceito parte do princípio de que ela não se resume às questões relacionadas ao aparelho reprodutor. Inclui também aspectos emocionais e socioeconômicos que influenciam na saúde e bem-estar da mulher como um todo.

Dessa forma, é fundamental que a mulher tenha conhecimento sobre o funcionamento do próprio corpo e se sinta acolhida pelo profissional especializado em ginecologia, como alguém disposto a ouvi-la e tirar todas as suas dúvidas sobre as questões relacionadas à saúde de maneira geral, incluindo a vida sexual e o funcionamento dos seus órgãos reprodutivos.

O ginecologista deve funcionar como o clínico geral da mulher, orientando-a acerca das principais afecções de saúde, sendo capaz de diagnosticar e identificar sinais de doenças de outros sistemas, encaminhando-a para a especialidade específica e adequada quando necessário.

Quando fazer a primeira consulta com o ginecologista?

O ideal é que a menina comece a frequentar o ginecologista ainda na puberdade, assim que tiver a sua primeira menstruação. Nesse momento, é importante que ela tire todas as dúvidas sobre o seu corpo e as mudanças que observa nele, bem como a respeito da prática sexual e da higiene íntima.

A primeira consulta é o momento em que o médico especializado em ginecologia passará orientações básicas sobre, por exemplo, como fazer a higiene da região genital e que produtos usar, de acordo com a idade da paciente. Quando a primeira consulta acontece nessa fase, a paciente é menor de idade, portanto em geral o médico conversa também com a mãe, que, da mesma forma, deve aproveitar para tirar todas as suas dúvidas.

Idealmente, a primeira visita ao ginecologista deve acontecer antes que a menina comece a vida sexual, pois dessa forma o profissional poderá tirar dúvidas e passar todas as orientações necessárias para que ela possa prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). No entanto, caso a paciente já seja sexualmente ativa, independentemente da idade, o médico poderá pedir exames ginecológicos.

Como manter a saúde em dia?

O primeiro passo da mulher para cuidar bem da sua saúde é visitar seu ginecologista anualmente. Nesse momento, ele pedirá exames de rotina, para verificar, por exemplo, a presença de DSTs, cistos, alterações na atividade hormonal e até mesmo tumores. A ideia é que, quanto antes esses problemas forem identificados, maiores as chances de o tratamento ser bem-sucedido.

Os principais exames solicitados pelo profissional de ginecologia são:

  • Papanicolau, que identifica lesões precursoras do câncer do colo uterino e a sugestão de presença de eventuais DSTs e infecções na região íntima;
  • Colposcopia, um exame de imagem que identifica lesões na vagina e no colo do útero. Se necessário, pode ser colhida uma biópsia para análise;
  • Vulvoscopia, outro exame de imagem, porém focado na vulva, parte externa do órgão reprodutor feminino;
  • Ultrassonografias pélvica e transvaginal, para avaliar os órgãos do aparelho reprodutor, e de mamas;
  • Mamografia, normalmente indicada para mulheres a partir dos 40 anos de idade, como prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama;
  • Exames de sangue para avaliar as condições metabólicas, hormonais, nutricionais e infecciosas.

Além disso, no próprio consultório, o médico deve fazer alguns exames, como o exame clínico das mamas, para identificar nódulos e outras alterações, e o de toque, com o objetivo de avaliar a vagina e o útero na busca por sinais de enfermidades como endometriose e miomas, por exemplo.

Caso a paciente tenha algum tipo de problema ou preocupação no intervalo entre as consultas de rotina com o profissional de ginecologia, é recomendado antecipar a visita ao médico. Cólicas intensas, menstruação irregular, excesso de pelos no corpo e desconforto nas mamas no período pré-menstrual são alguns dos motivos para ir ao ginecologista fora da consulta anual de rotina.

É fundamental que a paciente estabeleça uma relação de empatia e confiança com seu ginecologista, assim como tenha acesso a ele diuturnamente, pois esse será o primeiro profissional a ser contactado caso problemas de qualquer ordem aconteça, nem que seja para uma simples orientação.

Se você quiser saber mais sobre a endometriose, uma doença que pode afetar a saúde reprodutiva e qualidade de vida da mulher, toque aqui.

 

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