por Dr. Luíz Flávio Cordeiro
A histeroscopia é o melhor método para avaliar o canal cervical e a cavidade uterina, sendo considerada hoje o procedimento padrão para o diagnóstico e tratamento de condições e doenças que afetam a cavidade uterina. É realizada por meio da introdução de um instrumento chamado histeroscópio, um sistema ótico de vídeo conectado a um monitor para visualização, via vaginal, da cavidade uterina.
A histeroscopia tem duas modalidades. Antigamente dividida em diagnóstica e cirúrgica, com o avanço tecnológico, o conceito foi atualizado para histeroscopia ambulatorial e histeroscopia cirúrgica moderna. Cada uma das modalidades é indicada para uma finalidade.
Neste texto, vamos falar especificamente sobre a histeroscopia ambulatorial. Se quiser saber mais sobre a histeroscopia cirúrgica, leia o texto que elaboramos especificamente sobre o assunto aqui.
A histeroscopia ambulatorial é realizada para investigar doenças do interior da cavidade uterina e para tratamento, no mesmo momento, de boa parte delas.
Antigamente realizada apenas para caráter diagnóstico, devido a uma mudança promovida pelo italiano Stefano Bettocchi, o qual mudou o formato do aparelho de circular para oval, mantendo o diâmetro máximo, permitindo a introdução de instrumentos semirrígidos, hoje procede-se à realização de pequenos procedimentos para o tratamento de pequenas doenças intracavitárias, simultaneamente.
O método foi desenvolvido para ser realizado em ambiente ambulatorial, podendo ser feito sem anestesia.
A histeroscopia ambulatorial é indicada em casos de:
A histeroscopia é indicada como recurso de primeira ou segunda linha (após outro exame de imagem) na investigação de doenças intracavitárias.
O ginecologista atual deve dominar a histeroscopia ambulatorial, uma vez que ela oferece à maioria das pacientes um tratamento efetivo, menos invasivo, reservando a histeroscopia cirúrgica para procedimentos maiores.