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O que é e como é feita a reanastomose tubária (reversão de laqueadura)?

O que é e como é feita a reanastomose tubária (reversão de laqueadura)?

Dr. Luiz Flávio

A laqueadura tubária é um método de anticoncepção com alta eficácia, sendo escolhido por muitas mulheres que não desejam ter mais filhos. No entanto, muitas mulheres que optam pela laqueadura se arrependem, especialmente as mais jovens. Então, pode ser realizada a reanastomose tubária ou reversão da laqueadura.

A cirurgia de laqueadura tubária viu um rápido crescimento em sua demanda no Brasil nas últimas décadas, sendo um dos países que mais realiza o procedimento. A regulamentação dessa prática ocorreu somente no fim da década de 1990. Anteriormente a essa regulamentação, a laqueadura era realizada de maneira indiscriminada em jovens e mulheres sem ou com poucos filhos.

A taxa de sucesso da laqueadura enquanto método contraceptivo é próximo de 100%, e os motivos mais comuns para que a mulher se arrependa desse procedimento são o falecimento de filhos, mudança de parceiro, realização da cirurgia quando muito jovem ou na época do parto. A reanastomose tubária, no entanto, nem sempre é indicada.

Continue lendo o texto e conheça melhor a reversão da laqueadura!

O que é reversão de laqueadura ou reanastomose tubária?

A reanastomose tubária é um procedimento bastante procurado por mulheres e consiste na reversão da laqueadura, dando à mulher a possibilidade de engravidar de forma espontânea novamente.

Considerada um procedimento cirúrgico de alta complexidade, nela faz-se a recanalização das tubas uterinas, ou seja, refaz-se a anatomia da tuba uterina, de modo a permitir que o espermatozoide possa encontrar novamente o óvulo.

Isso ocorre porque, para que a laqueadura seja feita, é realizado um bloqueio das tubas uterinas de modo a impedir esse encontro. A cirurgia de reversão é feita de acordo com a técnica utilizada para fazer a esterilização da paciente.

Como ela é realizada e riscos

O processo de reanastomose tubária é geralmente feito por meio da laparoscopia, método no qual uma câmera é utilizada para a intervenção cirúrgica. Essa câmera é acoplada a um equipamento que permite visualizar a cavidade pélvica e uterina em tempo real.

O cirurgião, então, retira a parte das tubas uterinas que foram afetadas, causando a esterilização. Esse procedimento forma uma cicatriz que também deve ser retirada a fim de permitir a circulação do sangue e a recanalização das tubas uterinas.

Desse modo, pode-se permitir que os espermatozoides passem e consigam chegar até os óvulos para que a fecundação ocorra.

Esse procedimento também pode ser realizado por meio da laparotomia, método cirúrgico tradicional no qual a mulher recebe anestesia geral. Então, é feita uma incisão em seu abdômen que permite o acesso às tubas uterinas para que o processo seja realizado. Nessa situação, utiliza-se um microscópio cirúrgico para que possa ampliar a visão da tuba uterina, estrutura extremamente delicada.

No entanto, o método mais realizado atualmente e mais indicado é o da laparoscopia, por ser considerada uma cirurgia minimamente invasiva, já que o laparoscópio já permite essa ampliação da imagem, com o cirurgião sendo guiado pelas imagens fornecidas pelo instrumento.

O fato de que parte das tubas uterinas é retirada durante esse processo está associado ao risco de gestação ectópica, ou seja, fora do útero. As tubas uterinas mais curtas também fazem com que as chances de que uma gravidez de sucesso ocorra sejam reduzidas.

Indicações da reversão de laqueadura

A reanastomose tubária não é indicada para todas as mulheres submetidas à laqueadura que desejam engravidar. Essa indicação está associada aos riscos da cirurgia e à avaliação de outros fatores de infertilidade que possam estar associados. Portanto, a mulher deve ser submetida a exames, assim como seu parceiro, no caso de casais.

Essa avaliação visa analisar os parâmetros de fertilidade da mulher, que são fundamentais para determinar o prognóstico da reversão.

A avaliação da mulher leva em consideração fatores como a idade, uma vez que a cirurgia é menos indicada para pacientes acima dos 35 anos, que já têm sua fertilidade naturalmente reduzida pela diminuição do número e da qualidade dos folículos ovarianos disponíveis.

Também devem-se avaliar as condições dos demais órgãos da região pélvica.

Em casos nos quais a cirurgia de reanastomose tubária não é indicada, a paciente que deseja engravidar pode recorrer à reprodução assistida.

A sua realização sempre girará em torno da decisão entre qual procedimento proverá mais sucesso à obtenção da gestação, a cirurgia da recanalização tubária ou técnicas de reprodução assistida.

O que determina o sucesso

Alguns fatores são importantes para determinar o sucesso da reanastomose tubária. Dessa forma, outros parâmetros de fertilidade devem ser analisados, de modo a verificar se estão dentro do limite da normalidade ou se são tratáveis.

A idade da mulher, por exemplo, é um fator a ser considerado, uma vez que se sabe que a fertilidade feminina sofre um declínio com o envelhecimento, relacionado à diminuição da reserva e da qualidade dos folículos ovarianos.

O sucesso da reanastomose tubária depende também do tipo de esterilização que foi realizada na paciente, bem como do tempo decorrido entre a cirurgia de esterilização e a de reversão.

A reanastomose tubária ou reversão de laqueadura é uma cirurgia que visa reverter a laqueadura, permitindo que a mulher possa engravidar novamente de forma natural. Essa cirurgia é indicada em casos específicos e a paciente deve ser submetida a avaliações.

Leia mais sobre a reanastomose tubária.

 

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