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O que é miomectomia?

O que é miomectomia?

Dr. Luiz Flávio

miomectomia é um procedimento cirúrgico realizado para a remoção de miomas uterinos, tumores benignos que se desenvolvem a partir das células do miométrio, camada muscular do útero.

Miomas são frequentemente diagnosticados em mulheres na idade reprodutiva, porém podem ocorrer em qualquer fase da vida. São classificados de acordo o local em que se desenvolvem. A localização também interfere nos sintomas que eles podem manifestar.

Apresentam tamanhos variados, desde nódulos subcentimétricos àqueles podendo ocupar boa parte da cavidade abdominal. Quando crescem na cavidade uterina, podem causar dificuldades reprodutivas e provocar alterações na quantidade e regularidade do ciclo menstrual.

Além disso, a severidade de alguns sintomas compromete a qualidade de vida das mulheres portadoras.

Saiba mais sobre a miomectomia: funcionamento do procedimento, da preparação ao pós-operatório, técnicas utilizadas e as indicações de cada uma.

Quando a miomectomia é indicada?

O objetivo da miomectomia é a remoção dos miomas e restabelecimento da anatomia do útero, quando aqueles causam sintomas consideráveis, incluindo dificuldades de reprodução. Existem três tipos de miomas, classificados de acordo com a localização: miomas submucosos, intramurais ou subserosos.

Muitas vezes, os miomas não apresentam nenhuma sintomatologia, da mesma forma que em algumas mulheres eles podem se manifestar de forma intensa, comprometendo as atividades do dia a dia e, consequentemente, a qualidade de vida.

Os miomas submucosos se desenvolvem no interior da cavidade uterina e manifestam sintomas como sangramento intenso e cólicas severas entre os períodos menstruais. Eles podem causar abortamentos espontâneos e falhas na implantação do embrião.

Os intramurais crescem na parede uterina e podem variar em tamanho. Em dimensões maiores, manifestam sintomas semelhantes aos dos submucosos, inclusive dificuldades de engravidar.

Já os subserosos crescem na parte externa (serosa) do útero, em direção à cavidade abdominal, por isso podem atingir grandes dimensões. Nesses casos, podem causar compressão de órgãos vizinhos, como a bexiga e intestino, no entanto, raramente, interferem na fertilidade.

Por, geralmente, responderem a hormônios, miomas tendem a diminuir com a idade e com a administração da terapia hormonal. No entanto, quando o tratamento é descontinuado, retornam ao tamanho original. Por isso, a miomectomia se torna a melhor opção nos casos em que eles provocam sintomas de maior gravidade.

Abordagens cirúrgicas para realizar a miomectomia

Além da abordagem tradicional, a miomectomia pode ser realizada por videolaparoscopia e vídeo-histeroscopia, a depender de sua localização, características e tamanho.

A miomectomia tradicional é indicada apenas para casos específicos. O procedimento é feito por cirurgia aberta, com incisões maiores e muitas vezes pode causar infecções e danos uterinos, sem contar com um retorno mais lento às atividades habituais.

Por isso, atualmente, as técnicas mais utilizadas são a videolaparoscopia e a vídeo-histeroscopia.

A videolaparoscopia pode ser realizada com ou sem o auxílio de um robô (cirurgia robótica) e é indicada para remoção de miomas intramurais e subserosos.

Popularmente chamada laparoscopia, é realizada com utilização de um laparoscópio com uma câmera acoplada e outros equipamentos de alta tecnologia, como fibras óticas e monitores para acompanhamento em tempo real.

São feitas pequenas incisões com cerca de 0,5 cm e possibilita melhor visualização e iluminação da região a ser operada. É realizada com anestesia geral e em centro cirúrgico.

A vídeo-histeroscopia é realizada com o auxílio de um histeroscópio com câmera acoplada, possibilitando a transmissão em tempo real e a visualização da cavidade endometrial.

A vídeo-histeroscopia pode ser realizada em ambiente laboratorial ou hospitalar, podendo ou não ter o uso de anestesia. Geralmente não é feito nenhum tipo de corte.

Após a extração dos miomas, a mulher pode engravidar na maioria dos casos, assim como os sintomas tendem a desaparecer.

Como é feita a preparação para a miomectomia?

Em todas as abordagens, é solicitado jejum de 8 horas. Podem ser prescritos antibióticos antes e após o procedimento e, em alguns casos, laxantes para limpeza intestinal.

É importante informar ao médico que irá realizar o procedimento sobre o uso de medicamentos, com ou sem prescrição médica, incluindo vitaminas e suplementos, alergias a materiais cirúrgicos e à anestesia.

Na videolaparoscopia, é necessária, ainda, a remoção de joias e objetos de metal que possam causar interferências. Na vídeo-histeroscopia a paciente não pode estar menstruada, pois o sangramento atrapalha a visibilidade. Gravidez e infecções genitais também impedem a realização.

Pós-operatório

A abordagem tradicional geralmente exige internação após a cirurgia, assim como maior tempo de recuperação. O período, em ambos os casos, é indicado pelo cirurgião.

Até a cicatrização, o corte deve ser mantido limpo e seco.

Quando a técnica utilizada é a videolaparoscopia, normalmente o tempo de internação é mais curto.

O efeito do CO2, gás utilizado para insuflar o abdome, pode durar alguns dias, provocando cólicas abdominais com dor referida nos ombros. O consumo de líquidos é liberado logo após o procedimento, enquanto o de alimentos sólidos deve seguir orientação médica.

Atividades físicas, inclusive relação sexual, devem ser evitadas por pelo menos 7 dias. O período de recuperação pode variar entre 7 e 14 dias.

Já na vídeo-histeroscopia, a paciente é liberada imediatamente ou em poucas horas, se houver necessidade de observação após a anestesia.

De acordo com o tamanho dos miomas extraídos e orientação médica, a recuperação pode ser de 24 horas ou até uma semana.

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