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O que é progesterona?

O que é progesterona?

Dr. Luiz Flávio

A progesterona é um dos hormônios que atuam nas funções do aparelho sexual feminino, incluindo ciclo menstrual e gravidez. É a substância responsável por deixar o útero receptivo para a chegada de um embrião, além de preservar suas características adequadas para a evolução da gestação.

Os outros hormônios que atuam na regulação do ciclo menstrual são: estrogênio, produzido pelos ovários, assim como a progesterona; e os hormônios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH), secretados pela glândula hipófise. Cada um deles com importante papel na estimulação dos ovários e no preparo do útero para uma possível gravidez.

Neste post, falaremos especificamente sobre a progesterona e suas funções no organismo feminino. Continue a leitura para saber mais!

O que é a progesterona?

A progesterona é um hormônio reprodutivo feminino produzido, principalmente, pelos ovários. Durante a gravidez, essa substância também é produzida pela placenta. Pequenas quantidades de progesterona são ainda secretadas pelo córtex adrenal.

Pertencente à classe dos hormônios esteroides, a progesterona é uma substância natural que tem efeito protetor endometrial, sendo o endométrio a camada interna do útero. Isso porque a ação progestagênica diminui a atividade mitótica nuclear resultante da ação do estrogênio — outro importante hormônio sexual feminino. Assim, progesterona e estrogênio atuam em conjunto durante o ciclo menstrual, deixando o útero em condições adequadas para a implantação embrionária. 

Algumas doenças femininas são estrogênio-dependentes, como a endometriose — doença caracterizada pelo crescimento de tecido endometrial fora da cavidade do útero, em órgãos pélvicos como ovários, tubas uterinas e intestino. Nesses casos, o tratamento com anticoncepcionais que levam progesterona em sua composição é eficaz para reduzir os sintomas, dependendo da gravidade do caso.

Quais são as funções da progesterona no corpo da mulher?

As funções da progesterona estão principalmente relacionadas ao ciclo menstrual e à manutenção da gravidez, mas também repercutem em outras áreas do organismo. Além disso, fármacos com ação semelhante a esse hormônio são importantes para contracepção e em terapias de reposição hormonal.

Vamos compreender de forma mais detalhada como a progesterona age no organismo da mulher:

Ciclo menstrual

O ciclo menstrual ocorre com a ação cíclica de vários hormônios, sendo a progesterona um deles. As outras substâncias que regulam esse ciclo, como vimos logo na introdução do post, são: estrogênio, FSH e LH.

No início do ciclo, o hipotálamo ativa a liberação hipofisária de FSH e LH ao secretar o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Esse estímulo hormonal faz com que os ovários desenvolvam vários folículos — unidades que guardam os óvulos. Conforme os folículos crescem, eles produzem estrogênio, que ativa a proliferação das células endometriais. 

Na metade do ciclo menstrual — cerca de 14 dias após o início da menstruação, em ciclos regulares — ocorre um pico de LH, que promove o amadurecimento final do folículo dominante, o qual se rompe para liberar o óvulo. 

Após a ovulação, os resíduos do folículo rompido formam o corpo-lúteo, estrutura que produz estrogênio e altas doses de progesterona. Em ação conjunta, essas substâncias deixam o endométrio em condições ideais de receber um embrião, caso o óvulo seja fecundado. Se a fecundação não acontecer, o corpo-lúteo se degenera e os níveis hormonais declinam. Com isso, o tecido endometrial se desprende da parede uterina e a menstruação tem início, marcando o começo de um novo ciclo.

Gravidez 

Logo no início da gestação, quando o embrião se implanta no endométrio, é o corpo-lúteo que produz progesterona. Após algumas semanas, o hormônio passa a ser produzido pela placenta, com o objetivo de sustentar a gravidez até o final.

Na gestação, a progesterona inibe as contrações uterinas que desencadeariam um trabalho de parto prematuro. Enquanto há altas concentrações desse hormônio, a mulher não menstrua nem ovula. 

Quando os níveis de progesterona são baixos desde o início da gravidez — problema também chamado de insuficiência da fase lútea — existe o risco de abortamento espontâneo. Por isso, os exames de sangue são fundamentais para avaliar a dosagem hormonal e, se necessário, entrar com progestagênios para cumprir essa função adequadamente.

Contracepção e terapia de reposição hormonal

Medicamentos à base de progesterona são muito utilizados na contracepção, tais como anticoncepcionais orais e injetáveis, dispositivo intrauterino (DIU) e implante subdérmico. Inclusive esse tipo de intervenção é indicado nos casos mais leves de endometriose, com importante efeito no controle da ação estrogênica, levando à redução dos sintomas.

Além da contracepção, a progesterona sintética é utilizada em terapias de reposição hormonal durante o climatério e a menopausa, aliviando os desconfortos dessa fase e ajudando na prevenção de hiperplasia e câncer de endométrio.

Diante do que abordamos neste post, você deve ter compreendido que a progesterona é um hormônio essencial para o funcionamento adequado do corpo feminino, considerando principalmente seu papel no ciclo menstrual e na gestação. 

Agora, aproveite para obter mais informações e leia também nosso texto sobre endometriose!

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