Dr. Luiz Flávio | WhatsApp
Menu
O que são DSTs?

O que são DSTs?

Dr. Luiz Flávio

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são um grupo de doenças transmitidas por relação sexual desprotegida com pessoas infectadas.

Podem ser causadas por diferentes agentes, como bactérias, vírus, parasitas ou outros micróbios e têm maior incidência e prevalência entre pessoas na idade reprodutiva. Atualmente voltaram, inclusive, a figurar na lista das doenças consideradas problema de saúde pública, com percentuais mais altos registrados na faixa etária dos 15 aos 25 anos.

Nas mulheres, se não forem adequadamente tratadas, causam diferentes impactos na saúde reprodutiva, como infertilidade, abortamento espontâneo e partos prematuros.

Embora sejam assintomáticas em alguns casos, sintomas característicos de cada tipo indicam a possibilidade de infecção.

Para entender melhor as DSTs, acompanhe o texto! Ele aborda os principais tipos de DSTs, destacando os sintomas, diagnóstico e tratamento de cada um.

Principais doenças sexualmente transmissíveis

Embora diversos agentes possam ser transmitidos pelo contato sexual, alguns estão relacionados à maior incidência de DSTs. Veja as principais e os sintomas manifestados por cada uma delas, como são diagnosticadas e qual o tratamento indicado.

Clamídia

A clamídia é uma das DSTs de maior incidência. Causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e também pode ser transmitida da mãe para o filho durante o parto.

Provoca diferentes impactos no sistema reprodutor feminino, principalmente, a longo prazo, infertilidade. Assintomática na maioria dos casos, quando manifesta sintomas, os mais comuns são corrimento vaginal, sangramento entre períodos menstruais, dor durante as relações sexuais, dor abdominal, sensação de urgência miccional e ardência urinária, inchaço na vagina ou ao redor do ânus e febre baixa.

Para diagnosticar a infecção por clamídia, podem ser analisadas amostras de urina e da secreção vaginal que detectam a presença da bactéria. A secreção vaginal é coletada do colo do útero (canal endocervical), muitas vezes durante o teste papanicolaou de rotina.

Mesmo sendo facilmente curada por antibióticos, a medicação não repara danos permanentes, se não diagnosticada precocemente. A cura de um processo infeccioso não impede uma reinfecção, caso haja uma nova exposição.

Gonorreia

Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, assim como a clamídia, a gonorreia também tem alta prevalência, principalmente na população sexualmente ativa. Muitas vezes as duas doenças ocorrem de forma associada. A gonorreia também afeta os órgãos genitais, podendo atingir olhos e garganta, também causando dificuldades reprodutivas.

A ausência de sintomas é igualmente possível, embora possa ser sinalizada por corrimento vaginal aumentado, dor ao urinar, sangramento vaginal entre os períodos ou após a relação sexual, dor durante a relação sexual, dor abdominal ou na região pélvica.

Nos olhos, pode causar dor, sensibilidade à luz e secreção. Já na garganta, dor e inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço.

Diagnóstico e tratamento da gonorreia são semelhantes aos indicados para clamídia.

Sífilis

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e classificada de acordo com o estágio de desenvolvimento. Cada um manifesta um tipo de sintoma. No entanto, a probabilidade de transmissão é maior nos estágios iniciais da doença.

A sífilis pode ser primária, secundária, terciária e latente, quando normalmente é assintomática.

O principal sintoma manifestado no estágio primário é o surgimento de uma ferida única, em locais como pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus e boca. Ela pode ser percebida entre 10 e 90 dias após o contágio e não provoca nenhum tipo de secreção, dor, coceira ou ardência, mesmo sendo rica em bactérias.

No estágio secundário, surgem manchas pelo corpo, palmas das mãos e planta dos pés, entre seis semanas e seis meses após a cicatrização da ferida inicial. Febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo também podem ocorrer.

O último estágio da doença, a sífilis terciária, pode demorar a se manifestar. Os sinais ocorrem entre 2 e 40 anos, manifestando-se como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, que podem ser fatais.

Os métodos definitivos para o diagnóstico da sífilis precoce são exames em campo escuro e testes para evidenciar o T. pallidum direto da lesão. Por outro lado, uma combinação de testes sorológicos é necessária para o diagnóstico preemptivo após a lesão primária.

O diagnóstico precoce permite o tratamento adequado com antibióticos, apresentando boa resposta, prevenindo as manifestações secundárias e terciárias.

HPV

Causado pelo papilomavírus humano (HPV), tem como principal característica o surgimento de verrugas anogenitais e, do mesmo modo, pode causar lesões precursoras de neoplasias no colo do útero, ânus, vagina e garganta. Porém, pode ser precocemente detectado no exame de papanicolaou.

O HPV pode permanecer assintomático muito tempo ou causar verrugas de tamanhos variáveis na pele ou nas mucosas oral, genital e anal.

As lesões, quando identificadas, devem ser tratadas de forma destrutiva ou excisional, a depender do diagnóstico, sendo que, para tal, vários métodos podem ser usados, tais como os químicos, laser, cirurgia de alta frequência etc.

A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) atualmente é efetiva para a redução da prevalência do HPV, embora não seja indicada para todos os tipos da doença. Ainda assim, é necessário o controle preventivo colpocitológico.

Tricomoníase

A tricomoníase é causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. Também é bastante comum nas mulheres em idade reprodutiva. Pode afetar vulva, vagina, colo do útero e uretra e pode levar ao desenvolvimento de outras DSTs.

Os sintomas mais comuns incluem corrimento amarelado e com odor forte, ardência, dificuldade para urinar, coceira nos órgãos sexuais e dor durante a relação sexual. Porém, na maioria dos casos, também é assintomática.

O diagnóstico é feito a partir de uma análise das secreções e o tratamento por antibióticos.

Para evitar a transmissão, disseminação ou reinfecção, de qualquer tipo de DST, é fundamental o uso de preservativos, masculino ou feminino, em todas as relações sexuais (vaginais, orais ou anais), teste e tratamento dos parceiros envolvidos.

Conheça mais sobre uma das DSTs mais comuns e perigosas: o HPV. Toque aqui.

 

5 1 vote
Article Rating
Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Acesse o nosso último post Tubas uterinas: qual sua função?
Pré-agende sua consulta agora! Clique aqui