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Parto natural e parto normal: quais as diferenças?

Parto natural e parto normal: quais as diferenças?

Dr. Luiz Flávio

O nascimento do bebê é um evento muito especial, principalmente para a mulher, a protagonista do parto. Entre as decisões a serem tomadas, temos a escolha do tipo de parto. São eles: o parto natural e o normal (ambos via vaginal) e a cesariana (cirúrgico).

A escolha do tipo de parto pode mudar ao longo da gestação, sendo importante que a mulher receba informações para tomar a sua decisão de forma consciente. Ela não deve considerar apenas o gosto pessoal, pois as normas médicas também são relevantes.

O pré-natal tem influência sobre o tipo de parto. O acompanhamento durante o período gestacional, além de orientar a mulher para a chegada do bebê, também identifica e trata doenças que podem interferir no desenvolvimento saudável do feto. Uma mulher com endometriose, por exemplo, pode ter complicações ao longo da sua gestação e ter o seu plano de parto alterado.

Neste artigo, vamos abordar as diferenças entre os tipos de parto e como a endometriose está relacionada com esse tema.

Boa leitura!

Quais são as diferenças entre o parto natural e o parto normal?

O parto natural e o parto normal possuem algumas semelhanças, mas eles não são sinônimos. Uma maneira da mulher se preparar e se sentir segura para o parto é buscando informações sobre as alternativas disponíveis. A seguir, vamos abordar as principais características de cada tipo de parto e as suas principais diferenças.

Parto normal

O parto normal é um parto vaginal com a presença de algumas intervenções. As mais comuns são: anestesia peridural, aplicação de ocitocina (versão sintética do hormônio utilizado para induzir as contrações uterinas), monitoramento eletrônico, colocação de um acesso intravenoso (destinado para a administração de soro na veia e medicamentos) e instrumentos, como o uso de fórceps, quando necessário.

Qualquer tipo de interferência para facilitar a expulsão do bebê, mesmo que manualmente pelo médico, é considerada uma intervenção.

Parto natural

O parto natural é caracterizado pela ausência de qualquer tipo de intervenção durante ou após o parto. Nesse tipo de parto, o médico e a sua equipe acompanham o procedimento, mas não há nenhuma interferência. O trabalho de parto pode durar horas — até 12 horas —, respeitando o tempo do bebê. A mãe também é livre para se movimentar e escolher a posição que se sentir mais confortável..

Ele pode ser realizado no hospital ou na casa da paciente, desde que haja profissionais para acompanhar o parto, caso uma intervenção seja necessária. 

Principais diferenças

Durante o parto natural apenas se acompanha o parto, enquanto, no parto normal, há interferências, como anestesia, analgésicos, medicamentos para induzir as contrações e instrumentos durante o trabalho de parto. Essa é a principal diferença entre os dois tipos de parto.

Além do hospital, o parto natural também pode ser realizado em casa. Para controlar a dor do parto natural, a mulher pode recorrer a técnicas de relaxamento e ao apoio do seu acompanhante naquele momento. No parto normal, a anestesia peridural é utilizada para eliminar a dor.

Ambos os tipos de parto que apresentamos nesse artigo são partos vaginais. Em contrapartida, a cesariana é um procedimento cirúrgico que consiste em um corte na região abdominal e uterina para que o bebê seja retirado pela abertura do útero. Em seguida, os cortes são suturados.

Em alguns casos, o parto normal e o parto natural não são possíveis de serem realizados. Por isso, para não colocar a saúde da mulher e do bebê em risco, a cesariana é indicada.

Endometriose e tipo de parto: tem influência?

A endometriose atinge cerca de 10% da população feminina em idade reprodutiva. Ela é caracterizada pela presença de tecido endometrial — encontrado na camada interna do útero — fora da cavidade uterina, podendo se manifestar como endometriose peritoneal superficial, endometriomas e endometriose infiltrativa profunda.

Para as pacientes grávidas diagnosticadas com endometriose, o pré-natal deve ter um acompanhamento mais próximo, pois a presença da doença pode promover alterações no tipo de parto e a ocorrência de partos prematuros.

Os sintomas da doença tendem a diminuir ao longo da gestação devido à ausência da menstruação e pela elevação dos níveis de progesterona, beneficiando a qualidade de vida da gestante.

A indicação do tipo de parto deve considerar, além do respeito à autonomia da gestante, a modalidade que oferece mais segurança para a mãe e para o bebê. Mesmo que você tenha planejado o seu tipo de parto, esteja aberta para outras alternativas e meios para controlar a dor e a ansiedade nesse momento.

Se você tem endometriose e deseja engravidar ou está grávida, confira o nosso conteúdo completo sobre a doença.

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