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Quais são os principais fatores femininos de infertilidade?

Quais são os principais fatores femininos de infertilidade?

Dr. Luiz Flávio

A saúde ginecológica e a infertilidade feminina estão intimamente ligadas. Para que a mulher consiga engravidar, é necessário que o seu sistema reprodutor esteja em pleno funcionamento e, para que isso ocorra, todos os órgãos que o formam precisam estar saudáveis e em sincronia.

Sendo assim, doenças ginecológicas, que afetam os órgãos reprodutivos, como o útero, as tubas uterinas ou os ovários, bem como disfunções hormonais, podem prejudicar a fertilidade da mulher.

Exemplos dessas doenças são endometriose (focos de tecido endometrial fora do útero), miomas uterinos (tumores benignos), pólipos endometriais (também estruturas benignas), sinequias uterinas (aderências), doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), síndrome dos ovários policísticos, entre outras.

Quer entender melhor o que é a infertilidade feminina e o que pode causá-la? Então siga a leitura deste artigo.

O que é infertilidade?

A definição mais usada de infertilidade hoje é a da Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com a OMS, infertilidade é a impossibilidade de se conseguir uma gravidez após pelo menos doze meses de relações sexuais regulares sem proteção. Mulheres mais velhas (a partir de 35 anos) devem considerar um período mais curto, de seis meses.

Sendo assim, quando já está há um ano tentando engravidar sem sucesso, é recomendado que o casal procure a ajuda de um especialista para descobrir a causa. Essa dificuldade em engravidar pode ocorrer por conta de problemas com o homem, a mulher ou ambos.

Como a infertilidade é diagnosticada?

Hoje é sabido que homens e mulheres dividem igualmente a responsabilidade sobre a dificuldade de engravidar (os fatores masculinos e femininos respondem, cada um, por 35% dos casos de infertilidade). Dessa forma, a infertilidade deve ser vista como um problema do casal, e toda a investigação será feita no sentido de encontrar o problema para tratá-lo da melhor forma, esteja ele com o homem ou com a mulher.

No caso de fatores femininos de infertilidade, que é o tema do nosso artigo, existem alguns exames capazes de verificar a saúde dos órgãos reprodutivos para chegar a um diagnóstico. Conheça os principais deles:

Ultrassonografia transvaginal

Exame de imagem não invasivo, capaz de visualizar o útero, colo do útero, tubas uterinas e ovários, a ultrassonografia transvaginal auxilia no diagnóstico de doenças que podem causar infertilidade feminina, como endometriose, cistos nos ovários, pólipos endometriais, entre outros. Além disso, a ultrassonografia transvaginal é a melhor forma de avaliar a reserva ovariana da mulher, ou seja, a quantidade de óvulos presentes nos ovários, um importante indicador da fertilidade feminina.

Histerossalpingografia

É um exame de raio-X com o uso de contraste, que permite melhor visualização do útero e das tubas uterinas. A histerossalpingografia é a melhor forma de identificar aderências e obstruções, uterinas ou tubárias, que podem causar dificuldades na fecundação e na implantação do embrião, causando infertilidade feminina.

Exames de sangue e hormonais

A infertilidade feminina pode ainda ser causada também por infecções, como as DSTs, e por disfunções hormonais, sendo a mais comum delas a síndrome dos ovários policísticos (SOP). As mulheres com SOP frequentemente têm ciclos menstruais irregulares ou até mesmo deixam de ovular, dificultando uma gravidez natural.

Quais os tratamentos para infertilidade feminina?

O tratamento mais indicado para infertilidade feminina dependerá do diagnóstico. É importante ressaltar que, muitas vezes, a dificuldade de engravidar é apenas um dos sintomas causados por essas doenças.

A SOP, por exemplo, frequentemente vem acompanhada de hiperandrogenismo, caracterizado pela maior presença de pelos pelo corpo e rosto, entre outras características masculinas. Já a endometriose pode causar fortes dores crônicas e durante a relação sexual. Sendo assim, quando o diagnóstico aponta essas, entre outras doenças, o tratamento é importante para melhorar a qualidade de vida e saúde geral da mulher.

Veja alguns tratamentos possíveis e em que casos eles são indicados:

Mudanças no estilo de vida

Em alguns casos, como endometriose leve ou SOP, a adoção de um estilo de vida mais saudável, com uma dieta balanceada, atividades físicas regulares e a perda de peso, é capaz de amenizar os sintomas e, no caso da síndrome, fazer com que os níveis hormonais se normalizem, aumentando as chances de engravidar naturalmente.

Cirurgia

Em alguns casos, a cirurgia é a melhor forma de restaurar a fertilidade da mulher. Pode ser o caso da endometriose, miomas, pólipos e sinequias, quando somente a remoção das lesões e aderências pode fazer com que o ambiente uterino passe a funcionar normalmente, facilitando a fecundação do óvulo pelo espermatozoide e favorecendo a implantação do embrião no endométrio.

Tratamento medicamentoso

A administração de medicamentos também pode ajudar a restaurar a fertilidade em alguns casos. Um exemplo é a SOP, cujo tratamento medicamentoso auxilia a regular os ciclos menstruais, o que facilita a gravidez.

Reprodução assistida

Quando os tratamentos citados acima não trazem resultado no sentido de possibilitar uma gravidez natural, o casal pode recorrer a técnicas de reprodução assistida. Essas técnicas evoluíram muito ao longo dos anos e estão cada vez mais difundidas, sendo a principal delas a fertilização in vitro (FIV), que prevê a fertilização e cultura dos embriões em laboratório, para que então eles sejam colocados no útero da paciente.

O tratamento das doenças que causam infertilidade feminina, portanto, é fundamental não só para conseguir uma gravidez natural, mas também para cuidar da sua saúde ginecológica.

Ficou com alguma dúvida sobre o tema? Então deixe sua pergunta nos comentários! Teremos prazer em responder.

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