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Amamentação: qual sua importância para a saúde do recém-nascido?

Amamentação: qual sua importância para a saúde do recém-nascido?

Dr. Luiz Flávio

A gestação é um processo delicado na vida da mulher, que se torna mais sensível devido à quantidade de hormônios e mudanças que ocorrem em seu corpo.

Esse cenário estende-se também após o parto, quando a mulher necessita iniciar o período de amamentação.

Essa prática traz diversos benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê, sendo um processo essencial para sua saúde e correto desenvolvimento.

Além disso, a amamentação também é responsável pelo estabelecimento de uma relação afetiva entre a mãe e o recém-nascido.

Por isso, é essencial explicar o que é a amamentação, como ela deve funcionar e sua importância.

O que é a amamentação?

A amamentação ou aleitamento materno, processo importante para o correto desenvolvimento do recém-nascido, consiste na alimentação de recém-nascidos, bebês e crianças pequenas por meio do leite produzido pelo corpo da mulher.

Durante esse período, o bebê irá alimentar-se total ou parcialmente por meio do leite materno. Isso porque esse leite contém vitaminas, açúcares, minerais, gorduras e proteínas fundamentais para uma alimentação equilibrada e saudável.

Ele também possui propriedades imunológicas que serão importantes na prevenção e combate de diversas doenças. É o alimento mais nutritivo a ser fornecido para o bebê durante os primeiros momentos de sua vida.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que a criança deve ser amamentada ao menos até os 6 meses, podendo ser amamentada até cerca de 2 anos de idade ou mais.

Quando o bebê atinge 6 meses, é importante incrementar sua nutrição com alimentação complementar. Entretanto, antes desse período, recomenda-se que o recém-nascido seja alimentado única e exclusivamente por meio do leite materno.

Quais são os benefícios dessa prática?

A amamentação possui diversos benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. O leite produzido pelo corpo da mulher é o alimento mais completo e equilibrado a ser fornecido para a criança até os 6 meses de idade, pois atende a todas as necessidades de sais minerais e nutrientes que o corpo do bebê necessita.

Além disso, esse alimento é de fácil digestão. Suas propriedades colaboram para a correta formação do sistema imunológico da criança, e o processo de sucção feito pelo bebê auxiliará na formação de sua arcada dentária.

No entanto, a amamentação não apresenta benefícios apenas para os bebês. O ato de amamentar estimula a produção de ocitocina, hormônio que contribui com a contração uterina, importante na prevenção do sangramento excessivo.

Toda mulher pode amamentar?

Embora a amamentação seja a melhor forma de alimentar o bebê, há casos em que ela não é recomendada. Mães que sejam portadoras do vírus HIV, por exemplo, não devem amamentar seus filhos, pois há o risco de que o vírus seja transmitido por meio do leite materno.

Isso também se aplica a mulheres que tenham doenças como hepatite B ou C ou que possuam infecções nos mamilos. O médico deve ser consultado nesses casos para que a mãe seja orientada sobre a melhor forma de alimentar seu filho.

Mães que estejam se submetendo a tratamentos contra doenças como câncer e tuberculose também não podem recorrer à amamentação, já que os medicamentos utilizados durante os processos de radioterapia ou quimioterapia podem passar pelo leite materno.

Caso a mãe seja usuária de drogas ou consuma bebidas alcóolicas, a amamentação também deve ser evitada, já que essas substâncias podem ser transmitidas por meio do leite, atrapalhando o desenvolvimento do bebê.

É possível substituir o leite materno?

Ressalta-se a importância da amamentação para o correto desenvolvimento do bebê. Entretanto, quando a mãe não pode ou não consegue amamentar, é importante ressaltar que há alternativas utilizadas para substituir o leite materno.

Nesses casos, a melhor solução é consultar um médico especializado, que será capaz de indicar fórmulas lácteas adequadas para a substituição do leite materno. Esse profissional também poderá indicar qual volume deve ser ingerido a cada aleitação e diariamente.

A mãe não deve alimentar seu filho com leite de vaca, pois esse alimento é pobre em nutrientes, podendo causar repercussões no desenvolvimento da criança.

Como amamentar?

Para que a amamentação seja feita corretamente, a mãe deve, antes de colocar o bebê no peito, procurar por uma posição confortável tanto para ela quanto para o filho.

É recomendável que a amamentação seja feita em ambientes calmos e sem ruídos, que deixarão o bebê mais confortável. A mãe deve manter-se ereta, apoiando as costas para evitar dores.

Então, deve-se colocar o bebê no peito e observar se ele está conseguindo mamar corretamente. Para isso, verifique a posição da cabeça do bebê em relação ao peito e sua capacidade de abocanhar não somente o bico do peito, mas sim grande parte ou toda a aréola.

Isso porque o modo como o bebê abocanha a mama influencia na quantidade de leite que ele recebe. É importante lembrar-se de fazer o bebê arrotar após o fim da amamentação.

Mitos e verdades sobre a amamentação

Apesar de sua importância, ainda há muita controvérsia acerca da amamentação. Serão apresentados aqui alguns mitos e verdades acerca do assunto.

Dói muito

A dor na amamentação pode ser associada a problemas como rachaduras no bico do peito ou, por exemplo, quando o bebê não abocanha direito o bico do seio.

Não produzo leite o suficiente

É comum que as mães associem o choro do bebê ao fato de ele estar com fome e se questionem acerca de sua produção de leite. Em muitos casos, o que ocorre é que o bebê pode não estar sugando o seio de forma adequada.

A adequação da quantidade será avaliada pelo pediatra tendo como referência, principalmente, o ganho de peso da criança.

O cansaço pode prejudicar a amamentação

O bem-estar materno é essencial para a correta produção do leite e, por isso, é importante que as mães contem com o apoio de sua família e amigos.

A amamentação prejudica a mãe

Os benefícios da amamentação são inúmeros, tanto para a mãe quanto para o bebê.

Leia mais sobre a amamentação aqui.

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[…] de receber. Não somente pelos riscos conhecidos que o câncer pode trazer, inclusive para a amamentação, mas também pelas consequências do próprio tratamento oncológico, entre elas a […]

[…] cirurgia leva cerca de 1h e, após se recuperar da anestesia, a mulher já pode segurar seu filho e amamentar pela primeira vez […]

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