Dr. Luiz Flávio
A gestação é um processo delicado na vida da mulher, que se torna mais sensível devido à quantidade de hormônios e mudanças que ocorrem em seu corpo.
Esse cenário estende-se também após o parto, quando a mulher necessita iniciar o período de amamentação.
Essa prática traz diversos benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê, sendo um processo essencial para sua saúde e correto desenvolvimento.
Além disso, a amamentação também é responsável pelo estabelecimento de uma relação afetiva entre a mãe e o recém-nascido.
Por isso, é essencial explicar o que é a amamentação, como ela deve funcionar e sua importância.
A amamentação ou aleitamento materno, processo importante para o correto desenvolvimento do recém-nascido, consiste na alimentação de recém-nascidos, bebês e crianças pequenas por meio do leite produzido pelo corpo da mulher.
Durante esse período, o bebê irá alimentar-se total ou parcialmente por meio do leite materno. Isso porque esse leite contém vitaminas, açúcares, minerais, gorduras e proteínas fundamentais para uma alimentação equilibrada e saudável.
Ele também possui propriedades imunológicas que serão importantes na prevenção e combate de diversas doenças. É o alimento mais nutritivo a ser fornecido para o bebê durante os primeiros momentos de sua vida.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que a criança deve ser amamentada ao menos até os 6 meses, podendo ser amamentada até cerca de 2 anos de idade ou mais.
Quando o bebê atinge 6 meses, é importante incrementar sua nutrição com alimentação complementar. Entretanto, antes desse período, recomenda-se que o recém-nascido seja alimentado única e exclusivamente por meio do leite materno.
A amamentação possui diversos benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. O leite produzido pelo corpo da mulher é o alimento mais completo e equilibrado a ser fornecido para a criança até os 6 meses de idade, pois atende a todas as necessidades de sais minerais e nutrientes que o corpo do bebê necessita.
Além disso, esse alimento é de fácil digestão. Suas propriedades colaboram para a correta formação do sistema imunológico da criança, e o processo de sucção feito pelo bebê auxiliará na formação de sua arcada dentária.
No entanto, a amamentação não apresenta benefícios apenas para os bebês. O ato de amamentar estimula a produção de ocitocina, hormônio que contribui com a contração uterina, importante na prevenção do sangramento excessivo.
Embora a amamentação seja a melhor forma de alimentar o bebê, há casos em que ela não é recomendada. Mães que sejam portadoras do vírus HIV, por exemplo, não devem amamentar seus filhos, pois há o risco de que o vírus seja transmitido por meio do leite materno.
Isso também se aplica a mulheres que tenham doenças como hepatite B ou C ou que possuam infecções nos mamilos. O médico deve ser consultado nesses casos para que a mãe seja orientada sobre a melhor forma de alimentar seu filho.
Mães que estejam se submetendo a tratamentos contra doenças como câncer e tuberculose também não podem recorrer à amamentação, já que os medicamentos utilizados durante os processos de radioterapia ou quimioterapia podem passar pelo leite materno.
Caso a mãe seja usuária de drogas ou consuma bebidas alcóolicas, a amamentação também deve ser evitada, já que essas substâncias podem ser transmitidas por meio do leite, atrapalhando o desenvolvimento do bebê.
Ressalta-se a importância da amamentação para o correto desenvolvimento do bebê. Entretanto, quando a mãe não pode ou não consegue amamentar, é importante ressaltar que há alternativas utilizadas para substituir o leite materno.
Nesses casos, a melhor solução é consultar um médico especializado, que será capaz de indicar fórmulas lácteas adequadas para a substituição do leite materno. Esse profissional também poderá indicar qual volume deve ser ingerido a cada aleitação e diariamente.
A mãe não deve alimentar seu filho com leite de vaca, pois esse alimento é pobre em nutrientes, podendo causar repercussões no desenvolvimento da criança.
Para que a amamentação seja feita corretamente, a mãe deve, antes de colocar o bebê no peito, procurar por uma posição confortável tanto para ela quanto para o filho.
É recomendável que a amamentação seja feita em ambientes calmos e sem ruídos, que deixarão o bebê mais confortável. A mãe deve manter-se ereta, apoiando as costas para evitar dores.
Então, deve-se colocar o bebê no peito e observar se ele está conseguindo mamar corretamente. Para isso, verifique a posição da cabeça do bebê em relação ao peito e sua capacidade de abocanhar não somente o bico do peito, mas sim grande parte ou toda a aréola.
Isso porque o modo como o bebê abocanha a mama influencia na quantidade de leite que ele recebe. É importante lembrar-se de fazer o bebê arrotar após o fim da amamentação.
Apesar de sua importância, ainda há muita controvérsia acerca da amamentação. Serão apresentados aqui alguns mitos e verdades acerca do assunto.
A dor na amamentação pode ser associada a problemas como rachaduras no bico do peito ou, por exemplo, quando o bebê não abocanha direito o bico do seio.
É comum que as mães associem o choro do bebê ao fato de ele estar com fome e se questionem acerca de sua produção de leite. Em muitos casos, o que ocorre é que o bebê pode não estar sugando o seio de forma adequada.
A adequação da quantidade será avaliada pelo pediatra tendo como referência, principalmente, o ganho de peso da criança.
O bem-estar materno é essencial para a correta produção do leite e, por isso, é importante que as mães contem com o apoio de sua família e amigos.
Os benefícios da amamentação são inúmeros, tanto para a mãe quanto para o bebê.
Leia mais sobre a amamentação aqui.
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