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LH: o que é e qual a função do hormônio?

LH: o que é e qual a função do hormônio?

Dr. Luiz Flávio

Hormônio é uma palavra derivada do grego ormóni (ὁρμῶν), empregada para designar as substâncias químicas que atuam como mensageiras específicas. Estas substâncias são produzidas pelo sistema endócrino – que é composto pelas glândulas – e por neurônios especializados do sistema nervoso e têm a função de servir como um sinalizador entre diversas estruturas do organismo.

De forma geral, os hormônios são transportados pela corrente sanguínea do órgão produtor até àquele que se destina, criando assim uma rede de comunicação química entre as estruturas, que funciona especialmente para regular as diversas atividades biológicas.

A regulação hormonal ora tem função indutora, ora inibitória nos órgãos ou em regiões específicas do corpo. São substâncias fundamentais, já que são responsáveis por regular o crescimento, a função reprodutiva de homens e mulheres, além de outros processos metabólicos.

O sistema reprodutivo é um dos sistemas em que a participação dos hormônios fica evidente, com uma dinâmica complexa em que vários estão envolvidos, inclusive agindo sobre as taxas de produção entre si.

A progesterona, o estrogênio e a testosterona, produzidos nos ovários e nos testículos, são os hormônios mais conhecidos e importantes para as funções sexuais do ser humano, e sua regulação é feita por hormônios do sistema nervoso central, como o LH (hormônio luteinizante).

Além de participar do ciclo reprodutivo, o LH também participa da formação dos caracteres sexuais secundários de homens e mulheres, na puberdade, e tem sua produção alterada nas mulheres, quando a menopausa se aproxima.

Continue conosco na leitura do texto para saber o que é o LH e qual a sua função no organismo feminino.

Boa leitura!

O que é o hormônio luteinizante ou LH?

O hormônio luteinizante – ou LH, como costuma ser denominado – é um hormônio fabricado pela hipófise, mais especificamente pela adeno-hipófise, quando estimulada pelo GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas), produzido pelo hipotálamo.

Este hormônio tem um papel fundamental, tanto em homens como em mulheres. Na mulher, é responsável pela ovulação, desenvolvimento e manutenção do corpo lúteo e na regulação da progesterona. Além destas funções, também está envolvido no desenvolvimento das características sexuais da mulher, durante a puberdade.

Já no homem, o LH tem a função de induzir as células de Leydig à produção de testosterona, hormônio responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias do homem, agindo também sobre o desejo sexual, entre outras funções.

O hormônio luteinizante – junto com o FSH (hormônio folículo estimulante) – é responsável pela maturação dos espermatozoides nos testículos, mais especificamente nos túbulos seminíferos, local em que são produzidos.

Qual a função do LH no organismo feminino?

A função reprodutiva feminina conta com uma dinâmica hormonal complexa, que tem seu início na puberdade. Durante esta fase, o hipotálamo altera a frequência dos pulsos de secreção de GnRH e isso faz com que a hipófise passe a produzir as gonadotrofinas LH e FSH.

O LH, juntamente com o FSH, estimula a produção hormonal gonadal, atuando em conjunto no desenvolvimento dos seios e demais características sexuais da mulher, na puberdade. Após a puberdade, a dinâmica hormonal adquire uma característica cíclica, produzindo o que chamamos ciclo reprodutivo, cujos eventos centrais são a ovulação e a menstruação.

A cada ciclo reprodutivo, diversos folículos ovarianos – estruturas multicelulares que envolvem as células reprodutivas femininas (oócitos) individualmente, nos ovários – são recrutados para finalizar seu processo de amadurecimento, que resulta na ovulação.

Durante este processo – que acontece na primeira fase do ciclo reprodutivo (fase folicular) –as taxas de LH, FSH e estrogênios sobem gradualmente. Quando a concentração desses atingem seu pico máximo, o oócito, já maduro, é liberado em direção às tubas uterinas, onde pode ser fecundado.

Na fase lútea, que tem início após a ovulação, o LH também exerce uma função importante, induzindo as células foliculares – que restam aderidas ao ovário, após a liberação do oócito – a formar o corpo lúteo, que produz progesterona também sob seu estímulo.

A função da progesterona na fase lútea é finalizar o preparo do endométrio – tecido de revestimento da cavidade uterina – para receber um possível embrião. Além da progesterona, o preparo endometrial também conta com ação dos estrogênios, iniciada na fase folicular.

Outra função do corpo lúteo é produzir inibina, um hormônio cuja função central é inibir a produção das gonadotrofinas, que inclui o LH. Isso faz com que a concentração desses hormônios decaia gradualmente, durante a fase lútea, diminuindo por isso a disponibilidade de progesterona e estrogênio.

Com a atresia do corpo-lúteo, esses hormônios atingem suas concentrações mínimas, o endométrio descama e a mulher menstrua. Contudo, essa queda também atua como regulador sobre a produção das gonadotrofinas LH e FSH, que voltam a ser liberadas gradualmente, iniciando um novo ciclo reprodutivo.

Outros hormônios importantes para a fertilidade feminina

Além do LH, existem diversos outros hormônios essenciais para o bom funcionamento da função reprodutiva da mulher, reverberando inclusive sobre outros sistemas.

O estrogênio é um hormônio fundamental para a mulher, participando no preparo do endométrio como indutor da multiplicação celular deste tecido, tornando-o mais espesso e vascularizado. A produção de estrogênio depende da testosterona, que é seu precursor, e atua também sobre a pele, folículo piloso, glândulas sebáceas e a libido, mesmo nas mulheres.

O preparo endometrial é finalizado pela ação da progesterona, que interrompe a atividade estrogênica e estratifica o endométrio, modificando sua rede vascular para receber o embrião.

Quando a fecundação e a nidação ocorrem, o embrião passa a produzir hCG (gonadotrofina coriônica humana), um hormônio que “substitui” o LH na manutenção do corpo lúteo e da produção de progesterona, mantendo os níveis desse hormônio altos até que a placenta possa se responsabilizar por esta tarefa.

O uso de medicamentos à base de hormônios pode ser útil para o tratamento de doenças como a endometriose, mas também para evitar uma gestação indesejada, como contraceptivos combinados de estrogênio e progesterona e o DIU (dispositivo intrauterino) hormonal.

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