Dr. Luiz Flávio
Você com certeza já ouvir falar que toda gestante precisa fazer o pré-natal. Mas já pensou sobre o significado dessa expressão? “Natal” quer dizer nascimento. Portanto, “pré-natal” significa tudo o que acontece antes do nascimento.
Em ginecologia, quando falamos que a mulher deve fazer o pré-natal, portanto, estamos nos referindo ao acompanhamento que a gestante deve fazer desde a descoberta da gravidez até o momento do parto.
Essa rotina de consultas e exames tem por objetivo garantir a saúde da mãe e do bebê e minimizar o risco de complicações. Entenda, neste artigo, o que é e qual a importância do pré-natal.
O pré-natal consiste em todo o acompanhamento que a mulher tem a partir do momento em que recebe o resultado positivo do seu teste de gravidez até o momento do parto. Isso inclui as consultas, orientações médicas e exames realizados ao longo de todo esse período.
Esse processo permite que a evolução da gravidez e o estado de saúde – tanto da mulher quanto do bebê – seja monitorado constantemente. Assim, é possível fazer o diagnóstico precoce de doenças e condições que possam prejudicar a gestação, com o objetivo de tomar as medidas necessárias para evitar complicações.
No início da gestação, as consultas de pré-natal acontecem uma vez por mês. Depois, de maneira geral, no segundo trimestre de gestação, a periodicidade aumenta para uma a cada quinze dias e, no terceiro, os encontros devem acontecer semanalmente. Em casos especiais, como gravidez de alto risco, o acompanhamento pode ser mais frequente desde o início.
Assim que a mulher descobrir que está grávida, é hora de marcar a primeira consulta de pré-natal. A partir daí, a paciente deve voltar ao consultório pelo menos uma vez por mês, para que o médico possa acompanhar a evolução do bebê e a saúde dele e da gestante.
Na primeira consulta, a paciente receberá as principais informações sobre a gestação, como a data prevista do parto, tipo sanguíneo, sorologias, entre outras.
A cada consulta de pré-natal, o médico verificará o peso e a pressão sanguínea da paciente, além de observar se há inchaço nas pernas e pés, medir a barriga e avaliar as mamas, dando orientações para prepará-las para a amamentação.
Em todos os encontros, o obstetra também passará orientações sobre alimentação, exercícios físicos e outros cuidados com a saúde. Além disso, as consultas de pré-natal são um espaço aberto para que a gestante tire todas as suas dúvidas sobre a gestação, o parto e o pós-parto.
Outra importante função do pré-natal é a realização de exames para verificar a evolução e saúde do bebê e da mãe. Entre os exames solicitados pelo obstetra estão ultrassonografias, hemograma, sorologias (HIV, rubéola, sífilis, toxoplasmose etc.), exames de urina, glicemia em jejum, teste de tolerância oral a glicose, entre outros.
O ideal é que, antes mesmo de engravidar, o casal procure um ginecologista para fazer uma avaliação pré-concepcional. Essa visita ao consultório médico, que não faz parte do pré-natal, uma vez que ainda não existe gestação, deve ocorrer quando eles decidem engravidar e é importante para verificar fatores de risco e orientar o casal.
De acordo com o histórico e condições de saúde principalmente da mulher, o médico poderá sugerir mudanças na alimentação e no estilo de vida, que ajudem o casal a se preparar para uma gestação tranquila, sem complicações.
O acompanhamento médico da gestante durante o pré-natal é fundamental para diagnosticar precocemente certas doenças e condições, que podem prejudicar a evolução do feto e a saúde da mãe. Entre eles estão diabetes gestacional, hipertensão arterial, obesidade e anemia. Se descobertos a tempo, muitos desses problemas podem ser tratados com mudanças de hábitos alimentares, de estilo de vida ou de medicamentos.
Durante o pré-natal, é possível também identificar malformações e doenças congênitas presentes no feto. Existem condições, como alterações cromossômicas (a exemplo da síndrome de Down), que não podem ser tratadas, mas em outros casos, como algumas cardiopatias, e sobretudo quando o problema é diagnosticado precocemente, é possível fazer tratamento intrauterino.
Além disso, na medida em que o médico fornece toda a orientação necessária e esclarece as mais diversas dúvidas da gestante, o pré-natal ajuda a mulher a lidar com a ansiedade e inseguranças da gravidez, contribuindo para seu bem-estar físico e emocional.
O pré-natal, portanto, é fundamental para garantir a saúde da mãe e do bebê durante toda a gestação. Se você gostou do nosso artigo e quer saber ainda mais sobre a importância e como é feito o pré-natal, toque aqui.