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Ultrassonografia transvaginal: indicações e como é feita

Ultrassonografia transvaginal: indicações e como é feita

Dr. Luiz Flávio

Na ginecologia, a saúde dos órgãos internos do sistema reprodutor feminino é fundamental. Por isso as mulheres devem visitar regularmente seu ginecologista e realizar exames preventivos, que mostrem as condições desses órgãos, além do estado geral de saúde da paciente. Uma das técnicas diagnósticas mais importantes nesse contexto é a ultrassonografia.

Ao gerar imagens a partir de ondas sonoras de alta frequência, esse tipo de exame permite visualizar em tempo real o que acontece dentro do organismo, de forma rápida e não invasiva. Associado a outros exames preventivos, realizados anualmente pela paciente, como o papanicolaou, exames de sangue e clínicos, a ultrassonografia tornou-se uma importante ferramenta diagnóstica para o ginecologista.

Existem diversos tipos de ultrassonografia, de acordo com o objetivo do exame e parte do corpo a ser examinada. Neste artigo vamos falar mais especificamente sobre a ultrassonografia transvaginal. Você sabe como ela é feita e em que casos é indicada? Prossiga com a leitura para saber mais.

O que é a ultrassonografia?

Ultrassonografia é um exame de imagem que utiliza ondas de ultrassom, ou seja, de som de alta frequência. Nós não conseguimos ouvir essas ondas sonoras, mas, mesmo assim, elas reverberam nas paredes dos órgãos quando são emitidas pelo equipamento de ultrassonografia, devolvendo informações que são convertidas em imagem pelo aparelho.

Para isso, o equipamento utilizado é dotado de um instrumento chamado transdutor, que o médico responsável pelo procedimento movimenta pelo corpo do paciente, na área a ser investigada. É o transdutor que emite as ondas de ultrassom e recebe os sinais sobre os órgãos internos, que serão transformados em imagem pelo equipamento. Para que o transdutor capte essas ondas de forma mais pura, é utilizado um gel especial, aplicado no corpo do paciente no início do exame.

A ultrassonografia começou a ser usada na medicina para fins diagnósticos em 1950, por um médico americano, com o objetivo de promover exames não invasivos. Desde então, foram sendo desenvolvidos os transdutores e equipamentos para que o exame pudesse ser feito em diversas áreas do corpo humano.

A partir dos anos 1980 e 1990, a evolução da tecnologia de ultrassonografia foi ainda maior e o exame hoje é de grande relevância para o processo de diagnóstico em diversas áreas da medicina. Entre as razões para isso estão a simplicidade do exame e o ótimo custo-benefício.

Existem diversos tipos de ultrassonografia, como pélvica, de abdome, de mama, de tireoide etc. Na maior parte delas, o transdutor é colocado e movimentado sobre a pele. Na ultrassonografia transvaginal, no entanto, o transdutor é inserido pelo canal vaginal da mulher.

A ultrassonografia transvaginal

A ultrassonografia transvaginal é um exame bastante simples, rápido e não invasivo. Apesar de poder causar algum desconforto, o procedimento não provoca dor. O exame também não utiliza radiação e, por isso, pode ser realizado durante a gravidez.

O transdutor utilizado na ultrassonografia transvaginal tem um formato anatômico, próprio para ser inserido no canal vaginal. A paciente fica deitada em posição ginecológica, e, antes de iniciar o exame, o profissional responsável prepara o transdutor com o gel e um preservativo.

O aparelho então é inserido no canal vaginal, de onde, enquanto o médico o movimenta, é possível gerar imagens do colo uterino, útero, tubas uterinas e ovários. Uma vez que o transdutor está mais próximo a estes órgãos, as imagens dos órgãos pélvicos geradas em uma ultrassonografia transvaginal tendem a ser melhores e mais precisas do que aquelas feitas na ultrassonografia suprapúbica (quando o transdutor é movimentado sobre o abdômen da paciente).

Quando o exame é indicado?

Existem diversas indicações para a ultrassonografia transvaginal, conheça as principais delas:

  • Como exame de rotina, para identificar possíveis alterações no endométrio, na parede uterina e nos ovários;
  • Como exame complementar da investigação de disfunções hormonais. É o caso de suspeitas da síndrome dos ovários policísticos (SOP), cujo diagnóstico inclui a avaliação dos ovários da paciente;
  • Em casos de suspeita de endometriose, para confirmar o diagnóstico, ou para mapear os focos da doença antes da cirurgia de correção;
  • Em casos de suspeitas de outras doenças, como pólipos endometriais, tumores nos ovários, entre outras doenças;
  • No primeiro trimestre da gravidez, para avaliar o colo do útero, a implantação e evolução do embrião;
  • Durante a investigação da infertilidade feminina para avaliar a reserva ovariana (quantidade de óvulos presentes nos ovários);
  • Durante tratamentos de reprodução assistida, para avaliar o desenvolvimento dos folículos ovarianos e/ou do endométrio.

Quais os possíveis resultados

O resultado da ultrassonografia transvaginal será considerado normal caso não sejam encontrados sinais de alterações nos órgãos observados. Entre as condições e alterações que o ultrassom transvaginal pode identificar estão:

  • Malformações no útero, como útero bicorno ou septado;
  • Miomas ou pólipos uterinos;
  • Cistos nos ovários;
  • Infecção pélvica;
  • Endometriose;
  • Gravidez ectópica (fora do útero).

A ultrassonografia transvaginal, portanto, é um exame bastante solicitado para avaliar diversas condições ginecológicas. Quer saber mais sobre a importância da técnica? Então toque aqui para ler outro conteúdo do nosso site.

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