Dr. Luiz Flávio | WhatsApp
Menu
DIU hormonal x DIU de cobre: saiba as diferenças

DIU hormonal x DIU de cobre: saiba as diferenças

Dr. Luiz Flávio

Métodos contraceptivos são formas de evitar uma gravidez indesejada, ou melhor, de planejar a concepção. Há várias opções de contracepção, como preservativos, pílulas e injeções anticoncepcionais, dispositivos intrauterinos e até cirurgias. Neste texto, falarei sobre o DIU e seus diferentes tipos.

Leia o texto até o final e saiba ainda quais são as vantagens e desvantagens de cada tipo de DIU, quando esse método é contraindicado, como é feita a implantação e qual a taxa de eficácia do dispositivo. Acompanhe!

O que é DIU?

O dispositivo intrauterino, mais conhecido como DIU, é um método feminino de contracepção. Mulheres que não se adaptam ao uso de pílulas ou injeções anticoncepcionais, seja por esquecimentos frequentes seja por efeitos colaterais, podem encontrar mais segurança com a utilização do DIU.

Há dois tipos de DIU: o de cobre e o Mirena® (hormonal) — este último também é chamado de dispositivo intrauterino liberador de levonorgestrel (DIU-LNG). Ambos os dispositivos são feitos de plástico e têm formato de T. O objetivo do instrumento é criar condições locais que impeçam a fertilização do óvulo pelo espermatozoide.

Entretanto, é importante ressaltar que, assim como a maioria das opções de métodos contraceptivos, o uso de preservativos ainda é necessário para prevenir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

Quais as diferenças entre o DIU Mirena e o DIU de cobre?

Os dois tipos apresentam resultados semelhantes, porém cada instrumento funciona de uma forma e provocam efeitos colaterais diferentes. Veja as diferenças entre os dois e entenda quais são as vantagens e desvantagens de cada um.

DIU de cobre

Esse dispositivo é revestido de cobre e não tem ação medicamentosa. Seu funcionamento se baseia na liberação de substâncias metálicas no útero, o que provoca o efeito de corpo-estranho, provocando uma reação inflamatória, tornando o ambiente uterino inóspito para os espermatozoides.

Entre as vantagens do DIU de cobre estão o tempo maior de ação — o efeito é seguro por um período de até 10 anos — e a ausência de substâncias hormonais em sua composição.

Já as desvantagens desse método incluem cólicas e fluxo menstrual de maior intensidade. A margem de falha do dispositivo de cobre também é levemente mais alta, em comparação com o DIU hormonal, e apresenta uma diferença de 0,5% na probabilidade de engravidar.

DIU Mirena ou hormonal

O DIU Mirena ou hormonal, além de bloquear a passagem dos espermatozoides, libera progesterona, que torna o endométrio mais fino e menos receptivo para os gametas masculinos.

Uma das principais vantagens da liberação de hormônios, além de sua eficácia contraceptiva, é a redução do fluxo menstrual e, de forma secundária, das cólicas menstruais, quando presentes. Algumas mulheres chegam a não menstruar, após um determinado período da implantação do DIU hormonal. A alta eficácia é outro ponto a favor desse dispositivo e o risco de concepção não passa de 0,2%.

Entre as desvantagens do DIU-LNG estão a possibilidade de apresentar efeitos colaterais, devido à liberação hormonal, e o tempo menor de proteção, que é de 5 anos. Ainda assim, esse método tem sido indicado com mais segurança pelos profissionais da área.

Quando o DIU é indicado?

O DIU é um contraceptivo amplamente indicado, em razão de sua alta eficácia. Há poucos casos em que o dispositivo é contraindicado, como câncer, infecções que causem dano ao útero, malformações uterinas, entre outras condições. Mulheres com histórico de anemia severa também devem evitar a utilização do DIU de cobre, em razão do sangramento mais intenso.

Para definir o melhor método a ser utilizado, a mulher precisa de uma avaliação médica. Dessa forma, a paciente é examinada de modo individual e o especialista indica a contracepção que ofereça menos riscos à saúde e que tenha uma margem segura para o efeito esperado.

Como é feita a colocação do DIU?

A implantação do DIU é realizada de forma simples. O ginecologista é o profissional responsável pelo procedimento e tem conhecimento para colocá-lo no local e na posição correta. O momento da colocação é rápido, mas pode gerar um leve incômodo.

Antes da implantação, é feito o exame ginecológico e, se necessário, são solicitados outros exames para verificar se há alguma condição que impeça a colocação do DIU.

O procedimento pode ser feito em qualquer período, mas os dias de ciclo menstrual facilitam a implantação. Isso ocorre por duas razões: a menstruação é um indicativo de que a mulher não está grávida; e durante o sangramento, o colo do útero fica mais flexível.

O DIU pode ser colocado no próprio consultório ou no hospital sob sedação, para aquelas um pouco mais sensíveis a dor.

Os efeitos preventivos são imediatos. Do mesmo modo que a implantação é simples, a retirada também é, o que deixa a paciente livre para interromper o uso do dispositivo a qualquer momento, caso decida engravidar.

O DIU é um método seguro?

Pesquisas apontam que o DIU é um dos métodos contraceptivos mais eficientes e sua taxa de sucesso para evitar a gravidez ultrapassa os 99%.

Além disso, o DIU apresenta efeitos preventivos de longa duração — de 5 a 10 anos, dependendo do dispositivo escolhido. Portanto, é uma opção recomendada para quem pretende evitar uma gestação. Vale ressaltar, no entanto, que é indispensável passar por uma avaliação médica e receber orientação conforme as características de cada paciente.

Para saber ainda mais sobre o DIU, seus tipos, vantagens e desvantagens e sobre a colocação do dispositivo, veja mais informações no nosso site!

 

5 1 vote
Classificação do artigo
Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
mais antigo
o mais novo mais votado
Inline Feedbacks
View all comments
Acesse o nosso último post Endometriose e endométrio: qual a relação?
Pré-agende sua consulta agora! Clique aqui