Dr. Luiz Flávio | WhatsApp
Menu
O que é HPV?

O que é HPV?

Dr. Luiz Flávio

Todo ano são registrados milhões de casos de doenças sexualmente transmissíveis ​​(DSTs) curáveis no mundo. As consequências dessas infecções são diversas e podem levar a quadros de infertilidade, infecções generalizadas e câncer, especialmente quando não tratadas precocemente.

Apesar do nome, algumas DSTs têm outras formas de transmissão, além da via sexual: o contágio também pode ocorrer de mãe para o filho (durante a gestação ou no parto), pelo compartilhamento de seringas ou devido a uma transfusão de sangue infectado.

A falta de conhecimento sobre as DSTs é um dos principais motivos para as altas incidências desse tipo de doença, especialmente em homens e mulheres entre 15 e 49 anos, sexualmente ativos.

Outro fator importante é que muitas são assintomáticas, para um ou ambos os sexos. Por isso, quando não há o hábito de realizar avaliações preventivas regularmente, pode passar despercebida.

Um exemplo é o HPV, papilomavírus humano, que muitas vezes é assintomático, mas pode causar câncer de colo do útero em mulheres.

Nos acompanhe na leitura do texto a seguir e saiba mais sobre o HPV e suas consequências para a saúde da mulher.

O que é HPV?

O papilomavírus humano (HPV) é um vírus formado por uma cápsula e uma molécula de DNA que ataca células epiteliais (o que inclui a pele e os revestimentos interno e externo de muitos órgãos), causando infecções cutâneas e mucosas. A via de transmissão do HPV é preferencialmente sexual em áreas de microtraumas, porém seu contágio também pode ocorrer de mãe para filho ou por contato.

Quando a infecção por HPV acontece, o vírus penetra nas células epiteliais com as quais tem contato e replica seu DNA no núcleo dessas células hospedeiras, com o objetivo de usá-las para se reproduzir.

À medida que a doença progride, outras regiões que contêm tecido epitelial podem ser alcançadas pela disseminação do vírus, ampliando a área de contaminação, as manifestações físicas da doença e as vias de transmissão.

O HPV é, na realidade, não um único vírus, mas uma variedade de vírus semelhantes, que causam sintomas igualmente semelhantes, mas com gravidades diferentes. Até o momento, foram caracterizados cerca de 100 tipos e há um grande número adicional de tipos ainda não sequenciados.

O tempo de incubação do HPV após a contaminação é de cerca de 1 mês e o principal sintoma da doença é o aparecimento de lesões benignas na pele e nas mucosas, com aspecto de verrugas, normalmente esbranquiçadas.

Entretanto, outros tipos de HPV, a longo prazo, podem estar envolvidos no desenvolvimento de diversos tumores cutâneo mucosos, como cânceres de pele, excluindo-se os melanomas, e câncer de colo do útero, ânus, orofaringe, entre outros.

Como prevenir o HPV? 

Duas são as formas de evitar a contaminação por HPV: a vacina, tomada ainda na pré-adolescência antes de iniciar a vida sexual, e o uso de preservativos de barreira (camisinhas feminina e masculina) em todos os tipos de relação sexual: genital, anal e oral, lembrando que a doença também pode ser transmitida ao toque dos genitais com as mãos.

No passado, a diversidade de parcerias sexuais já foi considerada um fator de risco para a transmissão de DSTs como um todo, incluindo o HPV. Porém, se todas as relações sexuais forem realizadas com uso correto de preservativos de barreira, os riscos de transmissão são menores, mostrando que o sexo desprotegido é o único fator de risco real para a contaminação por HPV.

O que o HPV pode causar?

Em geral, o organismo pode reagir de três maneiras ao entrar em contato com o HPV.

Remissão espontânea

Na maioria das pessoas infectadas por HPV, o próprio sistema imunológico pode eliminar o vírus. Durante o tempo entre a contaminação e a remissão espontânea, entretanto, ele pode ser transmitido.

Infecção assintomática

O vírus pode permanecer no organismo por vários anos, sem causar nenhuma manifestação clínica e/ou subclínica, porém em momentos em que a resistência imunológica está baixa, a doença pode se manifestar e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões e sintomas.

Infecção sintomática

A menor parte das pessoas com HPV manifesta sintomas claros da doença, como as verrugas genitais (visíveis a olho nu) ou “lesões microscópicas”, chamadas tecnicamente de lesões subclínicas. Sabe-se que a verruga genital é altamente contagiosa.

Alguns tipos de HPV são, ainda, um importante fator de risco para câncer de colo de útero. Estudos mostram que a taxa de prevalência para câncer de colo de útero é de 51,5% em mulheres com HPV do tipo 16 e 79,8% nas diagnosticadas com o tipo 18.

Como é feito o diagnóstico do HPV?

O diagnóstico do HPV é feito com base nos resultados de exames clínicos e laboratoriais. Para os casos sintomáticos, o aparecimento das verrugas é um forte indício da contaminação, porém, para os assintomáticos, muitas vezes o diagnóstico dependerá dos exames laboratoriais.

Os principais exames solicitados para a confirmação diagnóstica do HPV são a colposcopia, captura híbrida e o papanicolaou, em mulheres, e a peniscopia e captura híbrida, em homens.

É importante lembrar que o resultado positivo para detecção do vírus HPV significa que a pessoa possui o vírus, mas não necessariamente manifesta seus sintomas ou está em processo de desenvolvimento do câncer de colo de útero.

Tratamento do HPV

Atualmente, os tratamentos disponíveis têm como objetivo controlar as manifestações sintomáticas da doença e não a erradicação total do vírus, cuja cura ainda não existe. Estudos também mostram que, mesmo após o tratamento das lesões, a taxa de recorrência ainda pode ser alta e está diretamente ligada à redução da resistência imunológica.

As abordagens terapêuticas podem ser feitas com o uso de medicamentos tópicos destrutivos, por pomadas aplicadas nas áreas do corpo em que surgem as verrugas, ou por destruição e excisão física (vaporização a laser e cirurgia de alta frequência).

A escolha deve ser individualizada, considerando variáveis como número, tamanho, morfologia, localização, grau de queratinização das lesões, além da saúde física do indivíduo como um todo.

Para saber mais, toque no link.

0 0 votes
Classificação do artigo
Se inscrever
Notificação de
0 Comentários
mais antigo
o mais novo mais votado
Inline Feedbacks
View all comments
Acesse o nosso último post Endometriose e endométrio: qual a relação?
Pré-agende sua consulta agora! Clique aqui